domingo, 26 de outubro de 2008

A progeria é uma doença genética rara (uma criança em 4 milhões), ainda sem cura. As crianças com progeria envelhecem entre cinco e dez vezes mais rápido do que o normal. Elas perdem os cabelos, ganham rugas na pele e chegam a morrer por causa de arteriosclerose ainda na adolescência .

Cientistas franceses e norte-americanos descobriram uma mutação genética que seria a causa deste envelhecimento precoce em crianças. Segundo eles, o estudo pode levar à descoberta da cura para a doença e também a novas pistas sobre as conseqüências do envelhecimento em pessoas sadias.
O Gene mutante defeituoso, chamado LMNA, ativa a produção de uma proteína, a Lamin A, que desestabiliza o núcleo celular, afetando todas as células do corpo, com exceção das cerebrais.Normalmente o núcleo tem uma estrutura circular, certinha, por causa desse defeito genético, o núcleo forma bolhas, que causam a instabilidade e levam à morte das células.
O entendimento do funcionamento deste gene permitirá, não somente a cura para os casos de progeria, com também, compreender o que acontece no corpo humano conforme as pessoas ficam mais velhas.


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Assistimos agora à pouco a uma reportagem que nos deixou a pensar e de, certa forma, com uma lágrima teimosa no canto do olho. Tratava-se da história de uma menina de 10 anos com progeria (envelhecimento prematuro). Não foi a doença em concreto que nos deixou a pensar, foi sim a força de vontade da menina que nos deixou a pensar que no nosso dia-a-dia damos importância a coisa tão pequenas que nem merecem ser enumeradas. Uma menina de sorriso no rosto e envergonhada ao falar do seu amigo colorido, um menino que também como ela sofre de envelhecimento prematuro. Uma força passada à mãe para suportar os momentos menos bons. Uma alegria por estar na nova escola. E uns olhos tão brilhantes por poder fazer aquilo de que mais gosta: dançar ballet.Devem ser momentos bastante difíceis para os pais quando é feito o diagnóstico e lhes é dito que o seu filho sofre de uma doença rara, com muitos poucos casos em todo o Mundo. Na maior parte das vezes, a informação é muito, muito pouca e essa quase inexistência deve ser ainda mais angustiante.

Parabéns à Claúdia que é uma verdadeira lutadora! Devemos seguir o belessimo exemplo de vida desta menina.





"Entre mim e a vida há um vidro ténue. por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar"

Fernando Pessoa


















segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Prémio Nobel da Medicina 2008


O Prémio Nobel da Medicina de 2008 foi atribuído aos franceses Françoise Barre-Sinoussi e Luc Montagnier e ao alemão Harald zur Hausen pelas suas investigações sobre vírus, anunciou hoje o Instituto Karolinska em Estocolmo.



Barre-Sinoussi e Montagnier foram distinguidos pela descoberta do VIH (vírus da imunodeficiência humana) e zur Hausen por ter descoberto que o cancro do colo do útero é igualmente provocado por um vírus, VPH (vírus papiloma humano).



A virologista Françoise Barre-Sinoussi, a oitava mulher a ser galardoada com o Nobel da Medicina desde 1901, nasceu em 1947 e é professora no Instituto Pasteur em Paris juntamente com Luc Montagnier, nascido em 1932. Em 1983, os dois cientistas conseguiram isolar o VIH a partir de células de um nódulo linfático de um paciente seropositivo com nódulos inchados, um dos primeiros sintomas da imunodeficiência característica da doença. Os cientistas caracterizaram este retrovírus como o primeiro lentivírus humano, com base nas suas propriedades morfológicas, bioquímicas e imunológicas. O VIH destruía o sistema imunitário por causa de uma duplicação maciça do vírus e da destruição de células linfáticas. Esta descoberta foi um pré-requisito da actual compreensão da biologia da doença e do respectivo tratamento retroviral”, indicou o comité Nobel.



Quanto ao cientista alemão Harald zur Hausen, de 72 anos, investigador na Universidade de Dusseldorf, descobriu em 1970 que havia um vírus que vivia na pele humana e que provocava diversos tipos de cancro no colo do útero, o segundo do tipo de cancro que mais afecta as mulheres.


“Harald zur Hausen lutou contra o dogma e postulou que o VPH(vírus papiloma humana) pode causar o cancro do colo do útero. Ele percebeu que o DNA do VPH pode existir num estado não-produtivo e que pode ser detectado por buscas específicas ao DNA viral. Ele descobriu que o VPH é uma família heterogénea de vírus. Apenas alguns tipos de VPH causam o cancro. A sua descoberta levou à caracterização da história natural da infecção pelo VPH, a uma compreensão dos mecanismos de formação do carcinoma induzido pelo HPV e ao desenvolvimento de vacinas profiláticas contra a infecção pelo VPH”, indica o Comité Nobel.


Os laureados com o Prémio Nobel da Medicina receberão os prémios dia 10 de Dezembro, em Estocolmo, das mãos do Rei da Suécia. O prémio, no valor de 1,02 milhões de euros, será repartido entre os três investigadores. Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier dividem uma metade do prémio. A outra metade será integralmente atribuída a Harald zur Hausen.




O Nobel da Medicina faz hoje arrancar a atribuição destes prémios que começaram a ser atribuídos em 1901 por iniciativa do inventor da dinamite, Alfred Nobel.Este determinou que os prémios abrangessem categorias de Medicina, Física, Química, Literatura e Paz. Em 1964, o Banco Central Sueco, criou o prémio da Economia. Os distinguidos com os restantes prémios serão conhecidos nos próximos dias.



Sendo assim só nos resta agradecer a estes cientistas pelo seu contributo para a Medicina e para nós!!!


Muito Obrigado!!







quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Descobertos dois novos vírus escondidos em circuitos de ar condicionado




Foi em Paris, no dia 6 de Agosto de 2008 que investigadores franceses descobriram dois novos vírus, que baptizaram como Sputnik e Mamavirus, escondidos em amibas provenientes dos circuitos de arrefecimento de água de sistemas de climatização.






O Mamavirus é o segundo vírus gigante descoberto. Destrona o Mimivirus, até agora considerado o maior dos vírus, descoberto em 2003 pelos cientistas do Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS, na sigla francesa) em Marselha.




"O Mimivirus, um agente potencial de pneumonia, é ligeiramente mais pequeno do que o Mamavirus, mas pertencem à mesma família". Estes vírus gigantes atingem o tamanho de bactérias, a ponto de se tornarem visíveis através de um microscópio comum.




O Mimivirus, com um diâmetro de meio micron (um micron corresponde à milésima parte de um milímetro), foi durante muito tempo confundido com uma bactéria.
O Sputnik, por outro lado, foi encontrado no Mamavirus graças à potência de um microscópio electrónico.

Escondidos e "camuflados" a verdade é que os vírus estão lá ,e existem nos locais onde menos imaginamos. E quando pensamos que iríamos melhorar o nosso bem-estar, tal nao se releva!! Por isso a prudência é essencial!"