quinta-feira, 4 de junho de 2009

Estudo de ecossistemas insulares


FLAD concede apoio à Universidade dos Açores



A Fundação Luso-Americana (FLAD) apoia o Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, para o desenvolvimento do Pro-Bio, um estudo sobre o equilíbrio ecológico dos ecossistemas insulares, com 53 mil euros. A investigação abrange quatro ilhas – São Miguel, Terceira, Pico e Flores –, tendo como principal objectivo apresentar os Açores como um sistema modelo de equilíbrio de ecossistemas para outras regiões insulares. A pesquisa conta com a colaboração de peritos locais e radicados nos Estados Unidos.O Pro-Bio pretende fazer o diagnóstico sobre a biodiversidade do arquipélago e determinar as espécies em extinção e a respectiva causa, no sentido de poder actuar de forma mais eficaz na preservação das espécies e da riqueza da flora e fauna das ilhas. O apoio da FLAD prolonga-se até 2011, reconhecendo a importância deste trabalho e dos esforços desenvolvidos pelo Departamento de Biologia na protecção da biodiversidade única dos Açores.
Fonte: Ciência Hoje

terça-feira, 2 de junho de 2009

Oportunidade para combater as alterações climáticas

Combater alterações climáticas com redução energética
Especialista em urbanismo afirmou possível novo acordo global pós-Quioto
acusou hoje os governos de desperdiçarem o que considerou ser a maior oportunidade para combater as alterações climáticas, ou seja, o investimento na eficiência energética e no desenvolvimento sustentável das cidades.
"A comunidade internacional falha em perceber que a maior das oportunidades no combate às alterações climáticas passa por alterações a nível das cidades, onde cerca de 80 por cento da energia no mundo é utilizada e onde o equivalente é emitido em emissões de gases com efeito de estufa [GEE]", afirmou Jeb Brugmann um dos redactores da Agenda 21, o Plano de Acção para o Desenvolvimento Sustentável consagrado na Cimeira da Terra de 1992.
Apesar das críticas, o especialista mostrou-se "optimista" que se consiga 'carimbar' um novo acordo global pós-Quioto durante a cimeira de Copenhaga, em Dezembro.
"A boa notícia é que vai ser alcançado um acordo global na conferência de Copenhaga e os Estados vão fazer mais compromissos e disponibilizar mais recursos aos países em desenvolvimento para estes reduzirem as suas emissões poluentes", acrescentou o especialista em urbanismo e desenvolvimento sustentável.
Falando à Lusa à margem da conferência 'Roteiro Local para as Alterações Climáticas: Mobilizar, Planear e Agir', que entre hoje e sexta-feira reúne especialistas nacionais e internacionais, bem como responsáveis autárquicos, para debater o papel dos municípios na luta contra este fenómeno - Jeb Brugmann criticou que o processo internacional para encontrar um acordo pós-Quioto "continue muito focado em reduzir emissões em áreas onde, para fazê-lo, são precisos grandes investimentos que não têm retorno".
"A verdadeira oportunidade para reduzir as emissões de GEE e garantir um retorno são as intervenções nas cidades, na maneira como aquecemos ou arrefecemos os nossos edifícios, nos combustíveis e transportes que utilizamos", frisou o autor do livro "Welcome to The Urban Revolution, How Cities Are Changing the World". Governos ingénuos
"Os nossos governos continuam a ser ingénuos e a não perceber o enorme potencial económico que advém da redução do consumo energético nas cidades, quando já foi provado que estas alterações são viáveis do ponto de vista técnico e económico", acrescentou.
Salientou também que, se os países, num contexto de crise económica, continuarem focados no combate às GEE em áreas onde são precisos grandes investimentos, isto pode levar a que se reconsidere medidas e objectivos traçados: "O meu medo é que exista menos disponibilidade e vontade de investir nessas mesmas áreas", frisou.
Quanto ao papel dos Estados Unidos nas negociações do novo acordo climático, foi peremptório: "Há uma crescente consciência por parte da nova administração Obama e nos próximos anos haverá um forte investimento para aumentar dramaticamente a eficiência energética das cidades", garantiu.
Uma mudança que, segundo Jeb Brugmann "vai chegar tarde demais para a cimeira de Copenhaga".
Fonte: Ciência Hoje