quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Cerca de 85 por cento das portuguesas utiliza contraceptivos

Oitenta e cinco por cento das mulheres portuguesas em idade fértil e sexualmente activas utiliza métodos contraceptivos, indicam os dados mais recentes do Inquérito Nacional de Saúde, referentes ao período de Fevereiro de 2005 a Fevereiro de 2006 , tendo sido questionadas mais de 41 mil pessoas, avançados por Carlos Dias, do Observatório Nacional de Saúde.
Os dados foram divulgados no âmbito do Dia Mundial da Contracepção, que se começou a comemorar a 26 de Setembro de 2007.
Carlos Dias sintetizou que, em Portugal, «85 por cento das entrevistados usam métodos contraceptivos, enquanto 15 por cento não utilizam qualquer contraceptivo».
Os índices mais baixos de utilização de contraceptivos registam-se no Alentejo, onde 81,4 por cento das mulheres usam contraceptivos, em contraste com a zona centro, com mais de 87 por cento das mulheres a recorrerem a métodos contraceptivos.
O valor mais baixo de uso de contraceptivos mantém-se no escalão etário mais jovem (dos 15 aos 19 anos) e a mais elevada concentra-se nas faixas etárias intermédias (dos 25 aos 29 anos e dos 30 aos 34 anos).
O director executivo da Associação de Planeamento para a Família (APF), Duarte Vilar, adianta entretanto que as portuguesas utilizam «métodos modernos, onde a pílula aparece com uma posição muito forte e central».

Apesar do balanço positivo que faz da realidade portuguesa no uso de contraceptivos,ainda existe um grupo de mulheres que, embora sejam sexualmente activas e não queiram engravidar, não utilizam qualquer método de contracepção, daí a necessidade de discutir «perspectivas de intervenção dirigidas grupos específios de mulheres».

Actualmente existe uma ampla disponibilidade de métodos contraceptivos, tanto para homens quanto para mulheres, que previnem uma gravidez. Variam desde métodos mais simples, como os comportamentais, até métodos mais complexos que envolvem cirurgias. A escolha do método contraceptivo deve levar em conta factores pessoais. Como todos os métodos têm suas limitações, é importante que o usuário tenha conhecimento de quais são elas, para que eventualmente possa optar por um dos métodos. As maiores limitações dos métodos mais seguros são a manutenção da possibilidade de transmissão das DST (doenças sexualmente transmissíveis). Nestes casos, a fim de se manter uma relação sexual segura, eles devem ser usados em conjunto com um método de barreira.

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