terça-feira, 23 de dezembro de 2008

COMBATER AS FRIEIRAS



Com a chegada do frio do Inverno chegam também as indesejadas frieiras. Pouco estéticas, incomodativas e, por vezes, limitantes dos movimentos elas são um mal a evitar.
Também denominadas eritema pérnio são uma doença provocada pela exposição ao frio que atinge, particularmente, as zonas vítimas de maior exposição ao ar e humidade: mãos, pés, orelhas e nariz. Manifesta-se por uma inflamação dolorosa da pele que fica inchada, vermelha e dá a sensação de comichão. Em situações mais graves podem mesmo dar origem a bolhas e, consequentemente, pode ocorrer a ulceração das mesmas com aparecimento de feridas dolorosas.
Os indivíduos que sofrem desta patologia evidenciam uma maior dificuldade em manter a temperatura corporal nas extremidades expostas, devido a uma vasoconstrição excessiva dos vasos sanguíneos que impede uma circulação normal e, por conseguinte, impede o normal aquecimento da pele favorecido pela mesma.
Entre os grupos mais susceptíveis a esta doença estão as mulheres (que, geralmente, têm pior circulação) e, sobretudo, as mais jovens e as mais idosas.
Esta patologia é condicionada por diversos factores desde a predisposição genética, até factores hormonais e outros problemas circulatórios. O frio e a humidade são factores que contribuem para desencadear e, eventualmente, agravar a doença.


A prevenção é, mais uma vez, a melhor medida. Entre os cuidados a tomar deve manter-se a casa bem aquecida e usar acessórios adequados, sobretudo luvas, calçado quente e gorros de lã. As pessoas com tendência a desenvolver frieiras devem ter particular atenção à prevenção.
As frieiras também melhoram com a exposição ao calor moderado e com a massagem suave da zona afectada (facilita a circulação). O exercício físico também é favorável pois activa a circulação e, por isso, aumenta a temperatura corporal.
Na maior parte dos casos, as frieiras curam-se apenas com recurso à prevenção e à protecção das extremidades. Em situações mais graves, têm de ser utilizados vasodilatadores (mas apenas com indicação médica). Em caso de chegarem a ulcerar, é essencial consultar um médico especialista de Dermatologia.
Cuidado com os cremes que contém cortisona, pois esta induz vasoconstrição secundária e, consequentemente, pioram a situação.



Além dos fármacos tópicos (pomadas e cremes) existem ainda alguns produtos mais caseiros com fama de ajudarem a tratar deste mal, apesar da sua eficácia não estar comprovada. É o caso do alho (esfregar a zona com um dente de alho cortado ao meio), pó talco (diminui a sudorese das mãos evitando a perda de calor das extremidades), alguns chás, etc...

Bebés são capazes de julgar pessoas




Desde os seis meses de idade que conseguem perceber quem é ou não amigo.


Cientistas dos Estados Unidos descobriram que os bebés a partir de seis meses de idade já demonstram ter inteligência social, conseguindo julgar pessoas ao analisarem as suas intenções e sendo capazes de perceber quem é um potencial amigo ou inimigo.

Tal como todos os seres sociais, os humanos conseguem fazer julgamentos rápidos acerca de outros baseando-se no comportamento destas pessoas com os outros.
Porém, as raízes deste comportamento e quando se desenvolvem ainda não são bem compreendidos.

Neste sentido, a equipa da Universidade de Yale realizou um estudo com 12 bebés de seis meses e 16 bebés de dez meses, fazendo com que assistissem a uma animação com três personagens diferentes.
No desenho, um dos personagens tenta subir o que parece ser uma colina. Um segundo ajuda esse personagem, empurrando-o para cima da colina, e um terceiro atrapalha-o, empurrando-o para fora.

Depois de os bebés assistirem à animação várias vezes, os cientistas mostraram-lhes dois bonecos de madeira, um parecido com o personagem que ajuda o outro a subir e outro parecido com o que atrapalha.

O resultado foi que todos os bebés de seis meses e 14 dos bebés de dez meses escolheram o boneco do personagem “bonzinho”.

«As nossas descobertas indicam que os humanos realizam avaliações sociais num estágio muito anterior de desenvolvimento do que se pensava, e sustenta a tese de que a capacidade de avaliar indivíduos com base nas suas interacções sociais é universal e não depende da aprendizagem», explicam os cientistas no artigo publicado na revista “Nature”, divulgado pela BBC.

Entretanto, forma realizadas outras experiências para descartar outras explicações, como uma possível preferência dos bebés por acções de empurrar algo para cima ou para baixo ou pela aparência de um dos personagens.

«Nós não podemos dizer se é algo inato, mas podemos dizer que é algo pré-linguístico», explica a cientista Kiley Hamlin, líder da pesquisa.
«Nós não achamos que esses bebés têm qualquer noção de moral, mas parece ser uma parte essencial da moralidade sentir uma empatia por aqueles que fazem coisas boas e o contrário por aqueles que fazem coisas más. Parece ser uma parte importante de um sistema racional e moral que virá depois», acrescenta.

O facto de crianças tão jovens mostrarem sinais de inteligência social não surpreendeu Hamlin. Segundo a cientista, os pais deveriam ter em mente que os bebés são capazes de perceber muita coisa sozinhos.

«Ainda com pouca idade, eles são eficientes criaturas sociais. Eles percebem quem são as pessoas das quais é bom ficar junto».

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que os bebés, nos primeiros seis meses de vida, mostram uma predilecção por outros bebés com base na aparência do rosto dos seus colegas.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A Gravidez na adolescência


A realidade dos factos


Entre as ideias falsas de que se tece a sexualidade na adolescência, uma há que é extremamente preocupante - a de que na primeira vez a mulher não engravida. Um equívoco! A probabilidade é igual à das restantes vezes que se mantiver relações sexuais.


E por desconhecimento uma gravidez não esperada é tantas vezes o fruto da iniciação sexual. Em Portugal, e segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, havia em 1998 95 mães com menos de 15 anos e 7.308 com idades entre os 15 e os 19.
Quando a notícia desaba sobre a adolescente (e a família) como uma avalancha, ter ou não ter o bebé é a grande decisão. Valores pessoais, sociais e religiosos influenciam o desfecho, mas, independentemente disso, nos dois pratos da balança pesam-se consequências que não se podem descartar levianamente.


Assim, é preciso não esquecer que devido á idade existe um risco maior de problemas durante a gravidez, pois o corpo não está preparado. Subsiste igualmente um risco acrescido de problemas no parto e depois do parto. Os bebés nascidos de mães adolescentes costumam ter peso inferior ao normal, requerendo bastantes cuidados. Cuidados que a mãe nem sempre consegue proporcionar, pois não dispõe nem dos conhecimentos técnicos adequados nem de maturidade psicológica.


A nível familiar e social o cenário nem sempre é cor-de-rosa: muitas vezes a família rejeita o acontecimento como uma vergonha, não apoiando a jovem mãe e chegando mesmo a expulsá-la de casa. As probabilidades de deixar os estudos são três vezes maiores para a adolescente, o que é agravado ainda pelo facto de os amigos e colegas se poderem afastar, talvez até assustados com a nova realidade.
Quem se afasta muitas vezes é o pai da criança, sendo poucos os que assumem as suas responsabilidades, também eles muito novos, confrontados com a mudança radical nas suas vidas.


Se a decisão for não ter o bebé, coloca igualmente problemas muito graves, desde logo porque embora o aborto já esteja despenalizado em Portugal, continua a implicar riscos para a saúde, quer durante o aborto quer depois. Sentimentos de culpa podem emergir depois e, em vez do alívio esperado, pode desenvolver-se um quadro de tristeza e stress, que torna a recuperação psicológica complicada.

Tu decides sobre a tua sexualidade

Não há problema em dizer "NÃO"


"Vá lá - Toda a gente faz!!". Não é verdade. A velha frase é um truque. Não te deixes enganar por ela. É verdade que cerca de metade dos jovens têm relações sexuais. Também é verdade que CERCA DE METADE NÃO TÊM. E muitos dos que tiveram relações sexuais, não o queriam realmente - deixaram-se convencer.
Talvez os teus amigos tentem empurrar-te para as relações sexuais. Talvez te digam "Isso provará que és um homem" ou "Fará com que te sintas um mulher de verdade".
Ou poderás sentir que teres relações sexuais é a única maneira de fazeres com que alguém se conserve interessado em ti. A pessoa com quem andas pode mesmo pressionar-te com frases como estas "Se me amas realmente, prova-o" ou "Se não o fazes comigo, alguém fará".
A verdadeira questão é: O que é que está certo para ti?

TU É QUE DECIDES!

Podes pensar " Porque estou tão ansioso(a) e ao mesmo tempo quero recuar?" Talvez porque sentes o mesmo que milhões de outros jovens - as relações sexuais podem ser um erro se não estás ainda preparado(a). Não podes pedir emprestada a opinião de ninguém. Pode não servir para ti. Tu és único(a) e precisas de uma decisão única. Tens de fazer a tua própria escolha - a que é melhor para ti.

Decidir é fácil. Dizer "NÃO" às vezes não é fácil. MAS PODE DIZER-SE!

Todos somos sexuais e queremos amar e ser amados. Assim, todos temos que tomar decisões sobre a sexualidade. E porque somos diferentes, tomamos decisões diferentes.
Os teus amigos têm aspectos e personalidades diferentes. As suas necessidades e valores também são diversos. Cada um deseja uma coisa diferente da vida. Às vezes o teu estilo de vida harmoniza-se com os seus. Outras vezes, entra em choque. Lidar com o conflito faz parte do crescimento e da criação da independência. Tu tens que tomar uma quantidade de decisões. Manobrar as relações pessoais, fazer planos para o futuro, e fazer sempre escolhas saudáveis - incluindo decisões sobre o sexo - é disto que trata o crescimento!

Pode parecer uma montanha russa. Mas toda a gente passa por isso. Até os teus pais passaram por isso. É por isso que conversar com eles pode ajudar a soltar os teus pensamentos e sentimentos. Podem ser mais compreensivos do que imaginas.

Pílula do dia seguinte

Entrevista com o Dr. Víctor Neto.
Médico Especialista em Ginecologia/Obstetrícia
Consultor em Ginecologia

O que é e como actua a chamada "pílula do dia seguinte" ou "da manhã seguinte"?

É como que um método "contraceptivo" particular, a ser utilizado como uma urgência, para evitar uma gravidez depois de uma relação sexual não protegida ou mal protegida, possivelmente fértil. Os promotores deste método propõem-no não como um método de uso regular mas sim, sempre como um recurso.
O mecanismo de acção deste tipo de metodologia, depende da altura do ciclo em que a mulher toma o produto.
Sendo assim, se o método for utilizado após a ovulação e dando-se a concepção, esta pílula vai actuar impedindo que o novo ser humano entretanto gerado não tenha condições de nidar no útero materno, impedindo a continuação da gravidez. Se a pílula for tomada antes da ovulação existe a probabilidade de a impedir.
Do que foi afirmado anteriormente, resulta que a mulher está grávida a partir da concepção e não só a partir da nidação.
Um exemplo interessante é o caso de uma mulher estar e se dizer grávida, mesmo que tenha uma gravidez ectópica, ou seja, fora do útero (nas trompas, por exemplo).
No entanto, para que este tipo de metodologia possa ter uma certa aceitação por parte de uma grande parte da comunidade médica e público em geral, algumas pessoas tentam definir o início da gravidez como a altura da nidação.
Dentro de muito pouco tempo, dado o facto de o embrião comunicar quimicamente com a mãe antes da nidação, vai ser possível fazer testes de gravidez antes da implantação ocorrer. Neste momento, os testes de gravidez só dão positivos a partir do momento da nidação, em que é possível detectar uma hormona produzida nesta altura, que é a gonadotrofina coriónica, na urina da mulher grávida ou no seu sangue.

Quais são os efeitos secundários da "pílula do dia seguinte"?

Os principais efeitos secundários são as náuseas e os vómitos. O risco de complicações vasculares (efeitos tromboembólicos) está ainda mal avaliado. No entanto recomenda-se que mulheres com factores de risco tromboembólicos pessoais ou familiares evitem a toma deste tipo de produtos. Estamos a falar apenas em efeitos a curto prazo, sabendo também que parece não haver efeitos que provocam a malformação no feto.

O que é a chamada "pílula abortiva" ou "RU486" ou mifepristona? Quais as semelhanças e diferenças em relação à "pílula do dia seguinte"?

A mifepristona é um produto não comercializado em Portugal, capaz de provocar o aborto após a nidação. Esta é a grande diferença em relação aos métodos atrás falados, que funcionam ou inibindo a ovulação, ou na maior parte das vezes impedindo a nidação.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Cerca de 85 por cento das portuguesas utiliza contraceptivos

Oitenta e cinco por cento das mulheres portuguesas em idade fértil e sexualmente activas utiliza métodos contraceptivos, indicam os dados mais recentes do Inquérito Nacional de Saúde, referentes ao período de Fevereiro de 2005 a Fevereiro de 2006 , tendo sido questionadas mais de 41 mil pessoas, avançados por Carlos Dias, do Observatório Nacional de Saúde.
Os dados foram divulgados no âmbito do Dia Mundial da Contracepção, que se começou a comemorar a 26 de Setembro de 2007.
Carlos Dias sintetizou que, em Portugal, «85 por cento das entrevistados usam métodos contraceptivos, enquanto 15 por cento não utilizam qualquer contraceptivo».
Os índices mais baixos de utilização de contraceptivos registam-se no Alentejo, onde 81,4 por cento das mulheres usam contraceptivos, em contraste com a zona centro, com mais de 87 por cento das mulheres a recorrerem a métodos contraceptivos.
O valor mais baixo de uso de contraceptivos mantém-se no escalão etário mais jovem (dos 15 aos 19 anos) e a mais elevada concentra-se nas faixas etárias intermédias (dos 25 aos 29 anos e dos 30 aos 34 anos).
O director executivo da Associação de Planeamento para a Família (APF), Duarte Vilar, adianta entretanto que as portuguesas utilizam «métodos modernos, onde a pílula aparece com uma posição muito forte e central».

Apesar do balanço positivo que faz da realidade portuguesa no uso de contraceptivos,ainda existe um grupo de mulheres que, embora sejam sexualmente activas e não queiram engravidar, não utilizam qualquer método de contracepção, daí a necessidade de discutir «perspectivas de intervenção dirigidas grupos específios de mulheres».

Actualmente existe uma ampla disponibilidade de métodos contraceptivos, tanto para homens quanto para mulheres, que previnem uma gravidez. Variam desde métodos mais simples, como os comportamentais, até métodos mais complexos que envolvem cirurgias. A escolha do método contraceptivo deve levar em conta factores pessoais. Como todos os métodos têm suas limitações, é importante que o usuário tenha conhecimento de quais são elas, para que eventualmente possa optar por um dos métodos. As maiores limitações dos métodos mais seguros são a manutenção da possibilidade de transmissão das DST (doenças sexualmente transmissíveis). Nestes casos, a fim de se manter uma relação sexual segura, eles devem ser usados em conjunto com um método de barreira.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Infertilidade e Técnicas Medicamente Assistidas



O caminho da fertilidade é longo e difícil, repleto de obstáculos, mas também de muita esperança. É um caminho que é percorrido por cada vez mais casais, estimando-se actualmente que entre 15 a 20 por cento da população sofra desta doença.
Muitos, sofrem, provavelmente em silêncio, a crer nos dados que apontam para que em Portugal se façam 250 ciclos de tratamento de Procriação Medicamente Assistida (PMA) por milhões de habitantes, uma média quatro vezes e meia inferior à da União Europeia.
Recentemente foi anunciada a compartição a 100 por cento dos chamados tratamentos de primeira linha (inseminação artificial e estimulação ovárica) e do primeiro ciclo de tratamentos de segunda linha (fertilização in vitro e microinjecção intracitoplasmática de espermatozóide) realizados em clínicas privadas, tendo como objectivo beneficiar muitos dos casais inférteis.




Infertilidade


São casais com dificuldade em conceber sendo que a infertilidade se define, segundo a OMS, quando a gravidez não é alcançada ao fim de um ano consecutivo de relações sexuais sem contracepção.
São muitos os factores que influenciam a fertilidade. Desde logo os mecanismos da reprodução humana. Para que aconteça uma gravidez é preciso que tudo corra bem na ovulação e na fertilização.
Na mulher, tudo começa a nível do cérebro, com a glândula pituitária a enviar todos os meses um sinal para que os ovários preparem um oócito para a ovulação. Essa preparação dá-se por influência de duas hormonas, que estimulam os ovários. E a fertilização acontece se entretanto um espermatozóide alcançar o oócito. Se esta união se concretiza, o ovo movimenta-se em direcção ao útero, onde se desenvolve a gravidez.
No que ao homem diz respeito, muito pode acontecer no processo de fertilização, mediante o qual um espermatozóide alcança um ovo e fecunda. Antes de mais é preciso que haja espermatozóides em quantidade suficiente, que possuam a forma e a dimensão adequadas e que se movimentem na direcção certa. E é preciso que haja sémen suficiente para transportar os espermatozóides.
A fertilidade não é um dado adquirido, nela podendo interferir tanto factores femininos como masculinos, numa relação equilibrada. Casos há em que as causas têm dupla origem e outros em que não são detectadas razões concretas.




Pelo lado feminino






Pelo lado masculino






Um (longo) caminho a dois


Quando o desejo de constituir família esbarra na incapacidade de conceber, emergem naturalmente múltiplos e potentes sentimentos. Mas é importante que, nesse tumulto de emoções, o casal encontre o caminho que o conduza à ajuda médica.
Uma vez perante um especialista, ambos os membros do casal são sujeitos a uma série de exames de modo a identificar a causa da infertilidade. Existem testes específicos para determinar a infertilidade masculina e a feminina, ainda que, com frequência, haja uma combinação de factores a influenciar a dificuldade em conceber e não uma causa única. Além de que, nalguns casos, a infertilidade fica por explicar.


O tratamento depende da causa, da duração da infertilidade e de muitos outros factores, sendo que há causas que não são passíveis de correcção. Estão, no entanto, disponíveis vários métodos que permitem a uma mulher engravidar e que passam por restaurar a fertilidade ou por uma das diversas técnicas de reprodução medicamente assistida.
Restaurar a fertilidade implica na maior parte dos factores uma maior frequência das relações sexuais para, assim, aumentar as probabilidades de concepção: é que os espermatozóides podem sobreviver no corpo da mulher por 72 horas e um óvulo pode ser fertilizado nas 24 horas seguintes à ovulação, tratando-se de criar o máximo de oportunidades para que esse encontro seja bem sucedido.


Para as mulheres com desordens ovulatórias, a primeira linha de tratamento implica o uso de medicamentos específicos para regular a ovulação. São, no entanto, fármacos a que está associado o risco de nascimentos múltiplos. Quanto à infertilidade por obstrução das trompas pode ser ultrapassada com recurso à cirurgia, sendo a laparoscopia uma das técnicas para reparar os bloqueios e lesões. Mais difícil a tratar é a infertilidade devida a endometriose: a terapia ovulatória é uma das alternativas, a par da fertilização in vitro, mediante a qual o óvulo e o espermatozóide são unidos em laboratório e só depois transferidos para o útero. A fertilização in vitro é, aliás, uma das técnicas pioneiras da chamada reprodução medicamente assistida. Mas há outras como a infecção citoplasmática, que consiste numa técnica microscópica da implantação directa de um único espermatozóide num óvulo.


Estas são as técnicas que resultam melhor em mulheres com um útero saudável, que respondam bem aos medicamentos da fertilidade e que ovulem naturalmente. Porém, há complicações possíveis como é o caso de gravidez múltipla ou hiperestimulação dos ovários.
Quanto às causas da infertilidade masculina, a sua identificação e consequente tratamento envolve um conjunto de testes que visam, antes de mais, avaliar a condição física, para despiste de doenças que tem ou já teve, medicamentos que toma habitualmente e hábitos sexuais. Depois, é feita uma análise ao sémen, de modo a aferir da quantidade e qualidade dos espermatozóides. Permite ainda detectar eventuais infecções. Uma análise ao sangue pode também ser necessária, com o objectivo de medir os níveis de testosterona.


Porém, há intervenções mais especificas, dirigidas à quantidade e/ou qualidade do esperma. A alternativa pode ainda residir em medicamentos utilizados para aumentar a quantidade do esperma, ainda que não influenciem a sua quantidade ou mobilidade. Nos homens com esperma normal, mas escasso, os índices de gravidez melhoram com a inseminação artificial, em que é aproveitada a primeira porção do sémen ejaculado, mais rica em espermatozóides. A fertilização in vitro e a transferência de gâmetas também são eficazes em determinados tipos de infertilidade masculina.



Independentemente das alternativas, este é um caminho feito de avanços e recuos. Porque o mais provável é serem necessárias várias tentativas até vencer o desafio de dar vida a um filho. Com certeza de que, em Portugal, são cada vez mais os bebés que a Ciência traz ao mundo. Muitos passos se deram desde que, em 1986, nasceu o primeiro filho da reprodução medicamente assistida no nosso país.







domingo, 26 de outubro de 2008

A progeria é uma doença genética rara (uma criança em 4 milhões), ainda sem cura. As crianças com progeria envelhecem entre cinco e dez vezes mais rápido do que o normal. Elas perdem os cabelos, ganham rugas na pele e chegam a morrer por causa de arteriosclerose ainda na adolescência .

Cientistas franceses e norte-americanos descobriram uma mutação genética que seria a causa deste envelhecimento precoce em crianças. Segundo eles, o estudo pode levar à descoberta da cura para a doença e também a novas pistas sobre as conseqüências do envelhecimento em pessoas sadias.
O Gene mutante defeituoso, chamado LMNA, ativa a produção de uma proteína, a Lamin A, que desestabiliza o núcleo celular, afetando todas as células do corpo, com exceção das cerebrais.Normalmente o núcleo tem uma estrutura circular, certinha, por causa desse defeito genético, o núcleo forma bolhas, que causam a instabilidade e levam à morte das células.
O entendimento do funcionamento deste gene permitirá, não somente a cura para os casos de progeria, com também, compreender o que acontece no corpo humano conforme as pessoas ficam mais velhas.


...



Assistimos agora à pouco a uma reportagem que nos deixou a pensar e de, certa forma, com uma lágrima teimosa no canto do olho. Tratava-se da história de uma menina de 10 anos com progeria (envelhecimento prematuro). Não foi a doença em concreto que nos deixou a pensar, foi sim a força de vontade da menina que nos deixou a pensar que no nosso dia-a-dia damos importância a coisa tão pequenas que nem merecem ser enumeradas. Uma menina de sorriso no rosto e envergonhada ao falar do seu amigo colorido, um menino que também como ela sofre de envelhecimento prematuro. Uma força passada à mãe para suportar os momentos menos bons. Uma alegria por estar na nova escola. E uns olhos tão brilhantes por poder fazer aquilo de que mais gosta: dançar ballet.Devem ser momentos bastante difíceis para os pais quando é feito o diagnóstico e lhes é dito que o seu filho sofre de uma doença rara, com muitos poucos casos em todo o Mundo. Na maior parte das vezes, a informação é muito, muito pouca e essa quase inexistência deve ser ainda mais angustiante.

Parabéns à Claúdia que é uma verdadeira lutadora! Devemos seguir o belessimo exemplo de vida desta menina.





"Entre mim e a vida há um vidro ténue. por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar"

Fernando Pessoa


















segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Prémio Nobel da Medicina 2008


O Prémio Nobel da Medicina de 2008 foi atribuído aos franceses Françoise Barre-Sinoussi e Luc Montagnier e ao alemão Harald zur Hausen pelas suas investigações sobre vírus, anunciou hoje o Instituto Karolinska em Estocolmo.



Barre-Sinoussi e Montagnier foram distinguidos pela descoberta do VIH (vírus da imunodeficiência humana) e zur Hausen por ter descoberto que o cancro do colo do útero é igualmente provocado por um vírus, VPH (vírus papiloma humano).



A virologista Françoise Barre-Sinoussi, a oitava mulher a ser galardoada com o Nobel da Medicina desde 1901, nasceu em 1947 e é professora no Instituto Pasteur em Paris juntamente com Luc Montagnier, nascido em 1932. Em 1983, os dois cientistas conseguiram isolar o VIH a partir de células de um nódulo linfático de um paciente seropositivo com nódulos inchados, um dos primeiros sintomas da imunodeficiência característica da doença. Os cientistas caracterizaram este retrovírus como o primeiro lentivírus humano, com base nas suas propriedades morfológicas, bioquímicas e imunológicas. O VIH destruía o sistema imunitário por causa de uma duplicação maciça do vírus e da destruição de células linfáticas. Esta descoberta foi um pré-requisito da actual compreensão da biologia da doença e do respectivo tratamento retroviral”, indicou o comité Nobel.



Quanto ao cientista alemão Harald zur Hausen, de 72 anos, investigador na Universidade de Dusseldorf, descobriu em 1970 que havia um vírus que vivia na pele humana e que provocava diversos tipos de cancro no colo do útero, o segundo do tipo de cancro que mais afecta as mulheres.


“Harald zur Hausen lutou contra o dogma e postulou que o VPH(vírus papiloma humana) pode causar o cancro do colo do útero. Ele percebeu que o DNA do VPH pode existir num estado não-produtivo e que pode ser detectado por buscas específicas ao DNA viral. Ele descobriu que o VPH é uma família heterogénea de vírus. Apenas alguns tipos de VPH causam o cancro. A sua descoberta levou à caracterização da história natural da infecção pelo VPH, a uma compreensão dos mecanismos de formação do carcinoma induzido pelo HPV e ao desenvolvimento de vacinas profiláticas contra a infecção pelo VPH”, indica o Comité Nobel.


Os laureados com o Prémio Nobel da Medicina receberão os prémios dia 10 de Dezembro, em Estocolmo, das mãos do Rei da Suécia. O prémio, no valor de 1,02 milhões de euros, será repartido entre os três investigadores. Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier dividem uma metade do prémio. A outra metade será integralmente atribuída a Harald zur Hausen.




O Nobel da Medicina faz hoje arrancar a atribuição destes prémios que começaram a ser atribuídos em 1901 por iniciativa do inventor da dinamite, Alfred Nobel.Este determinou que os prémios abrangessem categorias de Medicina, Física, Química, Literatura e Paz. Em 1964, o Banco Central Sueco, criou o prémio da Economia. Os distinguidos com os restantes prémios serão conhecidos nos próximos dias.



Sendo assim só nos resta agradecer a estes cientistas pelo seu contributo para a Medicina e para nós!!!


Muito Obrigado!!







quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Descobertos dois novos vírus escondidos em circuitos de ar condicionado




Foi em Paris, no dia 6 de Agosto de 2008 que investigadores franceses descobriram dois novos vírus, que baptizaram como Sputnik e Mamavirus, escondidos em amibas provenientes dos circuitos de arrefecimento de água de sistemas de climatização.






O Mamavirus é o segundo vírus gigante descoberto. Destrona o Mimivirus, até agora considerado o maior dos vírus, descoberto em 2003 pelos cientistas do Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS, na sigla francesa) em Marselha.




"O Mimivirus, um agente potencial de pneumonia, é ligeiramente mais pequeno do que o Mamavirus, mas pertencem à mesma família". Estes vírus gigantes atingem o tamanho de bactérias, a ponto de se tornarem visíveis através de um microscópio comum.




O Mimivirus, com um diâmetro de meio micron (um micron corresponde à milésima parte de um milímetro), foi durante muito tempo confundido com uma bactéria.
O Sputnik, por outro lado, foi encontrado no Mamavirus graças à potência de um microscópio electrónico.

Escondidos e "camuflados" a verdade é que os vírus estão lá ,e existem nos locais onde menos imaginamos. E quando pensamos que iríamos melhorar o nosso bem-estar, tal nao se releva!! Por isso a prudência é essencial!"

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Alexander Fleming



Alexander Fleming, nasceu no dia 6 de Agosto de 1881, em Lochfield, Escócia.

Filho de Hugh Fleming,um fazendeiro,mudou-se aos 13 anos para Londres pois percebeu que o seu país de origem oferecia oportunidades limitadas para o seu futuro.Trabalhou durante vários anos como "office boy" antes de decidir se inscrever na escola de medicina de St. Mary,onde teve um desempenho excelente.Após graduar-se,Fleming tornou-se professor de bacteriologia na Universidade de Londres e assumiu ainda o posto de pesquiza na Escola Médica do Hospital St.Mary.
Durante a 1º Guerra Mundial conseguiu prosseguir os seus estudos como membro do Corpo Médico do Exército Real,sendo a partir desta altura que Fleming realiza as suas mais importantes descobertas.


Durante a sua vida, Alexander Fleming, fez duas grandes descobertas para a humanidade.

A primeira deu-se durante a 1ºGuerra Mundial quando Fleming mostrou que os antisépticos que estavam a ser usados, no tratamento de tecidos doentes ou danificados, mais prejudicavam do que ajudavam. Pois estes matavam as células do sistema imonulógico facilitando ainda mais o aumento da infecção.

Assim no fim da guerra, Fleming voltou a St.Mary e continuou a estudar bacteriologia. Tinha como objectivos identificar algumas substâncias que pudessem combater as bactérias sem danificar tecidos saudáveis ou enfraquecer anti-corpos.



É então que em 1921, que descobre um novo antibiótico camado lisozima. Contudo, a maioria dos cientistas não deu muita atenção a estas descobertas. Porém, Fleming continuou as suas pesquizas mesmo com a falta de entusiasmo atribuída à sua descoberta.


Mas é em 1928 que Fleming faz a sua mais importantíssima descoberta.

Certo dia, ele esperava no seu laboratório, após ter regressado de férias, quando reparou que uma das suas culturas de "Staphylococcus" tinha sido contaminada por um bolor e em redor das colónias de bolor não havia bactérias. Fleming ficou intrigado, talvez tivesse chegado a uma maravilhosa descoberta. De imediato começou a produzir mais fungos para que pudesse confirmar a sua descoberta acidental. Durante oito meses seguintes,ele concluiu que o fungo continha uma substância poderosa, à qual deu o o nome de penicilina,devido ao fungo "Penicillium Chysogenum Notatum" do qual as bactérias se originaram. A substãncia não eliminava apenas os estafilacocos,mas também várias outras bactérias mortais. Após conduzir alguns testes, ele descobriu que a penicilina não era tóxica.

É apenas em 1941, que os efeitos da penicilina são demonstrados em humanos.O 1º homem a ser tratado com penicilinda foi um agente de polícia que sofria de septicemia com abcessos disseminados, uma condição geralmente fatal na época.
O doente melhorou bastante após a administração do fármaco, mas acabou por falecer quando as reservas iniciais de penicilina se esgotaram.


Alexander Fleming tem uma relação especial com o dia 22 de Setembro de 2008, pois é nesse mesmo dia que se comemorou 80anos da descoberta da penicilina. Alexander Fleming foi o protagonista de um dos acontecimentos mais marcantes da História da ciência, da medicina, e da farmácia do Séc.XX.

A penicilina proporcionou a cura de doenças infecciosas, levou ao investimento científico no estudo de outros antibióticos.

Apenas por volta de 1943, a penicilinda começou a ser produzida em grande escala, chegando no ano seguinte a Portugal.
Em 1945, Alexander Fleming recebeu o Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia e foi distinguido como benfeitor da Humanidade por colocar a ciência ao serviço da saúde e da vida, bem supremo entre todos os bens.


Assim finalizamos, agradecendo ao Senhor Fleming por esta tão importante descoberta que por várias vezes tem salvo a vida de familiares nossos e até mesmo a nossa vida, de doenças infecciosas!



domingo, 28 de setembro de 2008

Resíduos Urbanos

O que são? !



Os resíduos urbanos são também conhecidos como lixo doméstico e são formados em residências e outras actividades desenvolvidas na cidade. Ou seja, estes resíduos são restos do consumo da actividade humana. Normalmente apresentam-se sob o estado sólido ou semi líquido.










Consequências. . .





  • Poluição



Além da contaminação do solo, existem também áreas transformadas em lixeira onde o depósito contínuo de lixo sem tratamento algum pode levar à contaminação de lençois freáticos, rios e lagos, assim como a morte de muitos ecossistemas com o escoamento de substancias tóxicas.








  • Riscos e doenças

No lixo pode-se encontrar materiais perigosos que podem ser tóxicos para a saúde e para o meio ambiente. Exemplo: pilhas


O lixo que é depositado em lixeiras ou em outros locais que não estão cobertos, o que pode atraír animais de doenças infecciosas (exemplo:ratos e baratas)






Soluções!







        Ecopontos

                  • Ecocentros

                            • Aterros Sanitários
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                  Em qual destes planetas queres viver??


























                      Planeta Saúdavel .......................................................Planeta Envenenado



                      Se é no planeta envenenado eis o que nos pode acontecer daqui a uns anos!




                        Agora se queres viver num mundo melhor da o teu contributo!

                        RECICLA!!!


                        Assim pouparás dinheiro e ainda reduzirás a tua pegada ecológica!!!