domingo, 15 de fevereiro de 2009

Descoberto híbrido animal-planta que faz fotossíntese


Foi descoberto o primeiro animal que faz fotossíntese. Sempre se pensou que o processo que permite utilizar a luz do sol para produzir energia, conhecido como fotossíntese, era exclusivo das plantas e de outros organismos autotróficos. Descoberto por uma equipa de investigadores de universidades norte-americanas e da Coreia do Sul, liderada por Mary Rumpho-Kennedy, professora de bioquímica e investigadora na Universidade do Maine (EUA), estes descobriram uma lesma-do-mar com um código genético que lhe permite executar a mesma operação.

Este ser obtém os cloroplastos - isto é, os objectos celulares verdes ricos em clorofila que permitem às células das plantas converter a luz solar em energia - e armazena-os nas células ao longo do seu intestino. O mais curioso é que as elysia chlorotica no estado jovem que se alimentem de algas durante duas semanas, podem viver o resto das suas vidas - um ano, em média - sem comer.
Mas, os cientistas ainda não conseguiram descobrir tudo sobre este estranho ser marinho. Com efeito, os cloroplastos contêm ADN para codificar apenas 10% das proteínas necessárias para os manter activos e a equipa norte-americana está a ponderar várias explicações para este mistério.
Apesar disso, Mary Rumpho-Kennedy admite que "estes organismos fascinantes podem transformar o próprio ensino dos princípios básicos da biologia".
Este híbrido animal-planta Elysia chlorotica mede cerca de 3 centímetros e tem a aparência de uma folha gelatinosa de cor verde e conquista essa capacidade - que se mantém durante vários meses - com genes provenientes da alga que come, a "vaucheria litorea". Encontra-se ao longo da costa este dos Estados Unidos, entre as águas da Nova Escócia e da Florida.
Fonte: Expresso

Esta é uma forma de vida animal muito diferente daquilo que era conhecido até hoje entre os animais, é verdadeiramente surpreendente, até hoje sempre se disse que os animais não fazem fotossíntese e ao contrário do que diz a notícia não se trata de um híbrido animal-planta, mas sim de um animal, o qual, sendo uma lesma é um molusco, mas com a capacidade de fazer fotossíntese, ou seja, a capacidade de produzir matéria orgânica a partir de matéria inorgânica, servindo-se da energia solar para o conseguir. Os pequenos invertebrados marinhos mostram-se mais uma vez surpreendentes!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Próstata é a segunda causa de morte por cancro em Portugal


O cancro da próstata é a segunda causa de morte por cancro em Portugal vitimando todos os anos cerca de 1.500 homens, número explicado pela baixa percentagem de homens que consulta antecipadamente o médico para um rastreio.
De acordo com um estudo realizado pela Associação Portuguesa de Urologia (APU), sobre a "Avaliação de práticas e conhecimento dos homens relativamente a doença prostática em Portugal", nove em cada dez dos homens consultados (90 por cento) já tinham ouvido falar desta doença, mas apenas 20 por cento tinham consultado o seu médico para falar especificamente sobre a doença e submeterem-se a rastreio e a um diagnóstico precoce.
Os estudos demonstram que a incidência do cancro da próstata tem vindo a aumentar nas últimas décadas. As causas não são claras e, se bem que as estratégias mais agressivas de diagnóstico precoce possam, em parte, justificar este aumento, não são de excluir outras causas associadas à alimentação, ao estilo de vida, ou ao meio ambiente.A incidência do cancro da próstata aumenta com a idade. Contudo, tem-se assistido ao aparecimento deste tumor em idades cada vez mais precoces. A maioria das guidelines aconselha um rastreio anual a partir dos 50 anos, ou dos 45 anos no caso de grupos de risco elevado, como os indivíduos de raça negra ou aqueles com familiares de primeiro grau (pai, tio, irmão) com história de cancro da próstata. Porém, é crescente o número de casos abaixo dos 50 anos, pelo que muitos urologistas aconselham uma consulta regular a partir dos 40 anos.Poderá assim, em caso de alteração destes parâmetros, desencadear as medidas adequadas que poderão levar a um diagnóstico precoce de cancro da próstata tornando as opções terapêuticas curativas.

Concluindo, devemos reter que apesar do cancro da próstata ser muito frequente, dispomos hoje de muitas alternativas terapêuticas, mesmo nas fases mais avançadas da doença, pelo que o doente com cancro da próstata deve olhar para o futuro com esperança.

Fonte:CiênciaHoje e Diário Digital