
Para além disso, o cancro da cabeça e pescoço está a aumentar entre os jovens, segundo este estudo, devido ao seu estilo de vida, pois começam a fumar cada vez mais cedo (13 ou 14 anos) e ao HPV, uma associação que começa agora a ser estudada.
O director do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, Manuel António, explicou que, em Portugal, o IPO de Coimbra já trata esta doença há 20 anos e que, só no ano passado, foram feitas duas mil consultas externas, 1011 cirurgias e 206 de ambulatório. "A sintomatologia pode traduzir-se em dores de garganta, dores ao engolir, rouquidão ou congestões nasais", indica. Apesar de o estudo indicar que é uma doença que afecta cada vez mais jovens, Manuel António diz que "este é um tipo de cancro de meia-idade, que não pode ser rastreado, porque não tem uma relação custo/benefício aceitável", como explica. No entanto, também atribui ao estilo de vida dos jovens o facto de a doença começar a proliferar nas suas faixas etárias, devido ao consumo excessivo de tabaco e álcool, cada vez mais precoce.
Quanto à taxa de curabilidade, o director refere que depende sempre do estado de cada caso, mas também do tipo de cancro de que se trata. Segundo o estudo, mais de 60 por cento dos doentes são já diagnosticados num estado avançado, sem cura possível.
O cancro da cabeça e do pescoço inclui o cancro da língua, boca, glândulas salivares, faringe, laringe e outros localizados na área da cabeça ou do pescoço. É o sexto cancro mais frequente no mundo e, só na Europa, estima-se que provoque mais de 68 mil mortes por ano.
Fonte: Ciência Hoje
Sem comentários:
Enviar um comentário