quarta-feira, 29 de abril de 2009

O que é esta nova estirpe do vírus da gripe suína?

25.04.2009 - 16h09 PÚBLICO


Algumas questões sobre o surto da gripe suína que se estima que tenha vitimado mais de 60 pessoas no México e infectado oito nos Estados Unidos, deixando a Organização Mundial de Saúde a falar de um "potencial de pandemia".


O que é a gripe suína?


Frequente e poucas vezes fatal, embora com altos níveis de transmissão, a gripe suína é uma doença respiratória dos porcos. Normalmente, não é contagiosa para humanos, embora em casos de pessoas com contacto muito próximo com porcos seja possível a transmissão dos vírus da gripe suína (que, tal como outros vírus gripais, está em constante mutação). Mais rara ainda é a transmissão entre humanos.


Este surto deve-se a um novo tipo de gripe suína?


Sim. Trata-se de uma nova estirpe, nunca vista anteriormente, do vírus da gripe H1N1. Tem ADN de aves, suínos e humanos.


Quais são os sintomas?


Os sintomas são semelhantes aos da gripe humana normal: dores musculares, febre, tosse, cansaço, embora esta estirpe provoque mais frequentemente náuseas, vómitos e diarreia.


Porque é preocupante?


A gripe suína, mesmo nos casos raros em que é transmitida a humanos, raramente consegue passar de um humano para outro. Mas esta nova estirpe parece ser facilmente transmitida entre humanos, aparentemente do mesmo modo que a gripe: por partículas da saliva de uma pessoa infectada, sobretudo através da respiração e da fala (daí a recomendação de usar máscaras).


Quantas pessoas foram afectadas?


Para já, há 16 mortes confirmadas no México e outras 50 que se pensa terem tido como causa a infecção por este vírus. Nos Estados Unidos há sete descrições de infecção.A OMS avisou para uma potencial pandemia. Porquê?Porque é um vírus que está a afectar pessoas jovens e de boa saúde (normalmente a gripe atinge mais crianças e idosos ou pessoas fragilizadas) e ainda por causa da sua distribuição geográfica – casos em várias províncias mexicanas e na Califórnia e no Texas –, o que mostra que não está num lugar restrito.


Há alguma vacina?


Não há ainda uma vacina. Como são produzidas em ovos, as vacinas demoram sempre algumas semanas até chegarem ao público.


E tratamento?


Este vírus é sensível a dois medicamentos antivirais, o Tamiflu e o Relenza, que devem ser, no entanto, tomados nos primeiros dias de sintomas para serem mais eficazes.


E o que estão a fazer os países afectados?


As autoridades dos locais afectados estão a lançar avisos para que as pessoas evitem grandes multidões, e no México foram encerrados museus, bibliotecas. Até os jogos de futebol do fim-de-semana se vão realizar com os estádios vazios. Claro que, como dizia, citado pelo "Times" on-line o perito em saúde pública Michael Osterholm, da Universidade do Minnesota, “milhões de pessoas entram e saem todos os dias da Cidade do México [onde vivem 20 milhões de pessoas]. Tem de se pensar que há mais transmissões não reconhecidas por aí”. A OMS já pediu aos países que tomassem atenção a casos com sintomas semelhantes.

domingo, 26 de abril de 2009

Primeiro cão transgénico e fluorescente


Investigadores esperam que possa receber modelos de doenças humanas


Chama-se Ruppy – diminutivo de Ruby Puppy – e é o primeiro cão clonado, no caso uma cadela, que em conjunto com outros quatro irmãos produz uma proteína que sob uma luz ultravioleta reluz um vermelho fluorescente (ou rubi). Rubby foi criado pela equipa de Lee Byeong-Chun da Universidade de Seul e é apresentado como o primeiro cão transgénico do mundo. A equipa criou os cães através da clonagem de células de fibroblasto com um gene florescente produzido pelas anémonas.
Segundo a revista New Scientist, Lee e o investigador de células estaminais Woo Suk Hwang fizeram parte da equipa que criou o primeiro cão clonado em 2005. “Muito do trabalho do Hwang sobre células humanas acabou por ser considerado uma fraude, mas Snuppy não foi”, escreve a revista.
A equipa acredita que este cão transgénico possa receber modelos de doenças humanas, mas outros investigadores duvidam da generalização dessa investigação, embora a revista cite o caso de cães servirem de modelos para doenças como a narcolepsia, alguns cancros e a cegueira.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Teste da SIDA



Todas as pessoas que não evitaram o risco de se infectarem, deveriam saber se estão ou não infectadas, realizando o Teste do SIDA.Os testes chamam-se Elisa e Western Blot e são obrigatoriamente realizados nos dadores de sangue e de órgãos.Se tens razões para acreditar que tiveste comportamentos de risco relativamente à infecção por VIH, deves efectuar um teste de despiste do VIH. Embora sendo uma decisão pessoal, não te podes esquecer que estás a pôr em risco possíveis parceiros/as sexuais ao nível do aumento exponencial da própria infecção.

Fonte: http://contravihsida.blogspot.com

SIDA


A SIDA significa Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – Trata-se de uma doença provocada por um vírus denominado VIH – Vírus de Imunodeficiência Humana. O vírus da imunodeficiência humana (VIH), também conhecido por HIV, é da família dos retrovírus Esta designação contém pelo menos duas subcategorias de vírus, o HIV-1 e o HIV-2. Entre o grupo HIV-1 existe uma grande variedade de subtipos designados de -A a –J.
A doença resulta de uma falha do sistema Imunitário, o organismo deixa de se poder defender das bactérias, parasitas e vírus que provocam infecções. Com o enfraquecimento das defesas, as infecções podem ser fatais.
De uma forma geral, o HIV é um retrovírus mutante que ataca o sistema de defesa humanocausando a síndrome da imunodeficiência adquirida, a SIDA.


HISTÓRIA DO VIRÚS



O HIV foi descoberto e identificado como causador da SIDA por Luc Montagnier da França e Robert Callo dos Estados Unidos. Em 27 de Novembro de 2003, havia cerca de 54 862 417 infecções pelo HIV em todo o mundo, 30% dessas infecções estavam na África do Sul.
Segundo as investigações feitas nesta área, O vírus do HIV pode ter evoluído a partir do Vírus de Imunodeficiência dos Símios e tenha vindo pelo contacto com o macaco que tem o vírus SIV. Depois de sermos infectados o vírus sofreu mutações genéticas. Esta é a teoria actualmente aceite para a origem do VIH.




CICLO DE VIDA DO VIRÚS – SINTETIZADO

1. O vírus VIH adere a uma célula e penetra nela.
2. O ARN do VIH, que constitui o código genético do vírus, é libertado dentro da célula. Para se reproduzir, o ARN tem de ser convertido em ADN. A enzima que efectua a conversão recebe o nome de transcriptase reversa. O vírus VIH sofre uma mutação fácil neste ponto porque a transcriptase reversa tende a cometer erros durante a conversão do ARN viral em ADN.
3. O ADN viral entra no núcleo da célula.
4. Com o auxílio de uma enzima chamado integrase, o ADN viral funde-se com o ADN da célula.
5. O ADN replica-se e reproduz ARN e proteínas. As proteínas adoptam a forma de uma larga cadeia que se tem de cortar em várias partes uma vez que o vírus abandona a célula.
6. Forma-se um novo vírus a partir do ARN e de segmentos curtos de proteína.
7. O vírus escapa através da membrana da célula, envolvendo-se num fragmento da mesma (invólucro).
8. Para se tornar infeccioso para as outras células, outro enzima viral (a protease do VIH) deve cortar as proteínas estruturais dentro do vírus que nasceu, fazendo com que se coloquem e se convertam na forma madura do VIH.






TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO

O contágio do VIH requer um contacto com fluidos corporais que contenham células infectadas ou partículas do vírus; os referidos humores incluem sangue, sémen, secreções vaginais, líquido do cérebro e da espinal-medula. O VIH também está presente nas lágrimas, na urina e na saliva, mas em concentrações ínfimas.


O VIH transmite-se das seguintes maneiras:



- Através das relações sexuais com uma pessoa infectada, durante as quais a membrana mucosa que reveste a boca, a vagina ou o recto fica exposta aos fluidos corporais contaminados.




- Pela injecção ou infusão de sangue contaminado, como sucede ao fazer uma transfusão, por partilhar seringas ou picar-se acidentalmente com uma agulha contaminada com VIH.




- Transmissão do vírus a partir de uma mãe infectada para o seu filho antes do nascimento ou durante o mesmo, ou então através do leite materno.




- A susceptibilidade à infecção por VIH aumenta quando a pele ou uma membrana mucosa é lesada, como pode acontecer durante uma relação sexual enérgica via vaginal ou anal. Muitos estudos demonstraram que a transmissão sexual do VIH é mais provável se um dos membros do casal tem herpes, sífilis ou outras doenças de transmissão sexual que podem provocar lesões na pele. Contudo, o VIH pode ser transmitido por uma pessoa infectada a outra durante uma relação sexual vaginal ou anal, ainda que nenhuma das duas tenha outras doenças de transmissão sexual ou lesões visíveis na pele. A transmissão também pode ter lugar durante o sexo oral, apesar de ser menos frequente.




O vírus pode ser transmitido ao feto no início da gestação através da placenta ou no momento do nascimento, ao passar pelo canal de parto. As crianças que são amamentadas podem contrair a infecção pelo VIH através do leite materno. Elas também podem infectar-se se forem objecto de abusos sexuais.
O VIH não se transmite por contacto casual nem sequer por um contacto íntimo não sexual no trabalho, na escola ou em casa. Não foi registado nenhum caso de transmissão através da tosse ou do espirro, nem tão, pouco por picada de mosquito. A transmissão de um médico ou de um dentista infectado a um doente é extremamente rara.




SINTOMAS E COMPLICAÇÕES

Alguns afectados desenvolvem sintomas semelhantes aos da mononucleose infecciosa várias semanas depois do contágio. A temperatura elevada, as erupções cutâneas, a inflamação dos gânglios linfáticos e o mal-estar geral podem durar de 3 a 14 dias. Depois quase todos os sintomas desaparecem, ainda que os gânglios linfáticos possam continuar aumentados. Durante anos é possível que não apareçam mais sintomas. Contudo, circulam imediatamente grandes quantidades de vírus no sangue e noutros fluidos corporais, pelo que a pessoa se torna contagiosa pouco depois de se infectar. Vários meses depois de ter contraído o vírus, os afectados podem experimentar sintomas ligeiros, em ocasiões repetidas, que não encaixam ainda na definição da síndroma completamente desenvolvida.




Uma pessoa pode manifestar sintomas da afecção durante anos, antes de desenvolver as infecções ou os tumores característicos que definem a SIDA. Estes incluem gânglios linfáticos aumentados, perda de peso, febre intermitente e sensação de mal-estar, fadiga, diarreia recorrente, anemia e aftas (uma lesão fúngica que se forma na boca). A perda de peso (emaciação) é um problema particularmente preocupante.
Por definição, a SIDA começa com uma baixa contagem de linfócitos CD4+ (menos de 200 células por microlitro de sangue) ou com o desenvolvimento de infecções oportunistas (infecções provocadas por microrganismos que não causam doença em pessoas com um sistema imunitário normal). Também podem aparecer cancros como o sarcoma de Kaposi e o linfoma de Hodgkin.
Tanto a infecção pelo VIH em si mesma como as infecções oportunistas e os cancros produzem os sintomas da SIDA. Por exemplo, o vírus pode infectar o cérebro e causar demência, com perda de memória, dificuldade de concentração e uma menor velocidade no processamento de informações. Contudo, só uns escassos doentes de SIDA morrem pelos efeitos directos da infecção pelo VIH. Em geral, a morte sobrevém pelo efeito cumulativo de muitas infecções oportunistas ou tumores. Os microrganismos e as doenças que normalmente representam uma pequena ameaça para as pessoas saudáveis podem causar rapidamente a morte nestes doentes, em especial quando o número de linfócitos CD4+ baixa para menos de 50 células por microlitro de sangue.
Várias infecções oportunistas e cancros são típicos do início da SIDA. As aftas, um crescimento excessivo do fungo leveduriforme Candida na boca, na vagina ou no esófago, podem ser a infecção inicial. O primeiro sintoma numa mulher podem ser as frequentes infecções vaginais causadas por fungos que não se curam com facilidade. No entanto, essas infecções são frequentes nas mulheres saudáveis e podem ser devidas a outros factores, como os contraceptivos orais, os antibióticos e as alterações hormonais.
A pneumonia causada pelo parasita Pneumocystis carinii é uma afecção oportunista recorrente e frequente nos doentes de SIDA. A pneumonia por este protozoário costuma ser a primeira infecção oportunista grave que surge; foi a causa mais frequente de morte entre os infectados pelo VIH antes de se aperfeiçoarem os métodos para a tratar e evitar.
A infecção crónica com o Toxoplasma (toxoplasmose), que persiste desde a infância, é bastante frequente, mas só causa sintomas numa minoria das pessoas com SIDA. Quando nelas se reactiva, causa uma grave infecção, principalmente no cérebro.
A tuberculose é mais frequente e mortal nos afectados com o VIH e é difícil de tratar se as espécies bacterianas que a produzem se mostram resistentes a vários antibióticos. Outra micobactéria, o complexo Mycobacterium avium, costuma causar febre, perda de peso e diarreia em doentes com a síndroma avançada. Pode ser tratada e evitada com medicamentos de criação recente.
As infecções gastrointestinais também são frequentes na SIDA. O Cryptosporidium, um parasita que pode ser adquirido através da água ou de alimentos contaminados, produz diarreia intensa, dor abdominal e perda de peso.



CONCLUSÃO: Se não queres ficar infectado PROTEGE-TE!! USA PRESERVATIVO!!!




Fonte: www.wikipédia.org.pt

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Braquiterapia de alta dose com bons resultados no tratamento de tumores da cabeça e pescoço




A braquiterapia perioperatoria – recente técnica de radioterapia em que se faz uso de materiais radioactivos que entram em contacto directo com o tumor de modo a não afectar os tecidos vizinhos – de alta taxa de dose obtém excelentes resultados no tratamento de tumores da cabeça e pescoço, ao mesmo tempo em que reduz o período de radiação. Esse é o resultado de um estudo realizado conjuntamente por três departamentos da Clínica da Universidade de Navarra, que se publicou no último número de Brachytherapy, revista oficial da Sociedade Americana de Braquiterapia.


O trabalho descreve a aplicação desta nova técnica de radioterapia a 40 pacientes entre os anos 2000 e 2006. Pelo número de casos recolhidos, trata-se do artigo da literatura médica mundial que inclui maior número de pacientes tratados com braquiterapia de alta dose em cabeça e pescoço. Segundo os resultados, depois de um seguimento de sete anos, a doença controla 86 por cento dos casos e a percentagem de sobrevivência é do 52 por cento. A investigação centrou-se no tratamento de tumores da cavidade oral, que afectam à língua e o solo da boca, e da região orofaringea, como os tumores da amígdala.

No estudo interveio uma equipa multidisciplinar integrada por sete especialistas, de três departamentos da Clínica da Universidade de Navarra. O grupo de investigação foi conduzido por Rafael Martínez-Monge, director do Departamento de Radioterapia, com Alfonso Gómez-Iturriaga, Mauricio Cambeiro, Cristina Garrán e José Javier Aristu; e do departamento de Cirurgia Oral e Maxilofacial, Néstor Montesdeoca, director da área e Juan Prefeito, do departamento de Otorrinolaringologia.



Intensificar a dose de radiação

O trabalho analisa a aplicação da braquiterapia como tratamento complementar posterior à cirurgia, explica Martínez-Monge. “Alguns casos de tumores da cabeça e do pescoço requerem a aplicação de radioterapia depois da intervenção cirúrgica. Mediante esta técnica, conseguimos intensificar as doses de radiação com o objectivo de diminuir as taxas de recaída”, assinalou. Em determinados tratamentos, a braquiterapia oferece maiores possibilidades do que a radioterapia convencional. “Com este procedimento conseguimos administrar umas doses de radiação que dificilmente seriam alcançáveis com outras técnicas, devido aos efeitos tóxicos”, continua o especialista da Clínica da Universidade de Navarra.

Menos tempo de tratamento

O emprego desta terapia de alta taxa de dose implica uma série de benefícios para o paciente relativos ao desenvolvimento do tratamento. “A grande vantagem, segundo indica Martínez-Monge, é a redução do tempo total. Se com a radioterapia convencional o tratamento durar umas sete semanas, aplicando a braquiterapia pode levar menos duas semanas”. Também esta técnica consegue reduzir o tempo de radiação frente ao requerido com uma aplicação de baixa dose. “Graças à existência de novas fontes de irradiação, os tratamentos liberam-se em minutos”.

O especialista salienta que , antes, “o paciente tratado levava a fonte radioactiva colocada durante dias e, por isso, tinha que estar isolado numa habitação, com limitações quanto ao regime de visitas e de atendimento de enfermaria. No entanto, com a braquiterapia de alta dose, o paciente só é radioactivo durante a administração do tratamento; portanto, o resto do tempo pode permanecer numa habitação convencional”.
Para a administração desta técnica é preciso preparar, durante a intervenção cirúrgica, a região afectada. A braquiterapia introduz-se através de tubos, um dos extremos aparece no exterior da pele e apresenta um aspecto similar a um conduto de drenagem, explica o Rafael Martínez-Monge. “Esses tubos são ligados a uma máquina que administra o tratamento de acordo com um programa informático personalizado para cada paciente”, aponta.

Aplicação a outros tumores

Além do tratamento da braquiterapia perioperatoria de alta taxa de dose em tumores de cabeça e de pescoço, a Clínica da Universidade de Navarra leva anos a trabalhar na aplicação deste procedimento a outros processos oncológicos. “Temos vários estudos em andamento sobre o seu emprego em tumores ginecológicos e sarcomas, entre outros. Desde o ano 2000 tratamos com esta técnica 400 pacientes que apresentavam diferentes tipos de tumores”, conclui Martínez-Monge.