terça-feira, 14 de abril de 2009

SIDA


A SIDA significa Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – Trata-se de uma doença provocada por um vírus denominado VIH – Vírus de Imunodeficiência Humana. O vírus da imunodeficiência humana (VIH), também conhecido por HIV, é da família dos retrovírus Esta designação contém pelo menos duas subcategorias de vírus, o HIV-1 e o HIV-2. Entre o grupo HIV-1 existe uma grande variedade de subtipos designados de -A a –J.
A doença resulta de uma falha do sistema Imunitário, o organismo deixa de se poder defender das bactérias, parasitas e vírus que provocam infecções. Com o enfraquecimento das defesas, as infecções podem ser fatais.
De uma forma geral, o HIV é um retrovírus mutante que ataca o sistema de defesa humanocausando a síndrome da imunodeficiência adquirida, a SIDA.


HISTÓRIA DO VIRÚS



O HIV foi descoberto e identificado como causador da SIDA por Luc Montagnier da França e Robert Callo dos Estados Unidos. Em 27 de Novembro de 2003, havia cerca de 54 862 417 infecções pelo HIV em todo o mundo, 30% dessas infecções estavam na África do Sul.
Segundo as investigações feitas nesta área, O vírus do HIV pode ter evoluído a partir do Vírus de Imunodeficiência dos Símios e tenha vindo pelo contacto com o macaco que tem o vírus SIV. Depois de sermos infectados o vírus sofreu mutações genéticas. Esta é a teoria actualmente aceite para a origem do VIH.




CICLO DE VIDA DO VIRÚS – SINTETIZADO

1. O vírus VIH adere a uma célula e penetra nela.
2. O ARN do VIH, que constitui o código genético do vírus, é libertado dentro da célula. Para se reproduzir, o ARN tem de ser convertido em ADN. A enzima que efectua a conversão recebe o nome de transcriptase reversa. O vírus VIH sofre uma mutação fácil neste ponto porque a transcriptase reversa tende a cometer erros durante a conversão do ARN viral em ADN.
3. O ADN viral entra no núcleo da célula.
4. Com o auxílio de uma enzima chamado integrase, o ADN viral funde-se com o ADN da célula.
5. O ADN replica-se e reproduz ARN e proteínas. As proteínas adoptam a forma de uma larga cadeia que se tem de cortar em várias partes uma vez que o vírus abandona a célula.
6. Forma-se um novo vírus a partir do ARN e de segmentos curtos de proteína.
7. O vírus escapa através da membrana da célula, envolvendo-se num fragmento da mesma (invólucro).
8. Para se tornar infeccioso para as outras células, outro enzima viral (a protease do VIH) deve cortar as proteínas estruturais dentro do vírus que nasceu, fazendo com que se coloquem e se convertam na forma madura do VIH.






TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO

O contágio do VIH requer um contacto com fluidos corporais que contenham células infectadas ou partículas do vírus; os referidos humores incluem sangue, sémen, secreções vaginais, líquido do cérebro e da espinal-medula. O VIH também está presente nas lágrimas, na urina e na saliva, mas em concentrações ínfimas.


O VIH transmite-se das seguintes maneiras:



- Através das relações sexuais com uma pessoa infectada, durante as quais a membrana mucosa que reveste a boca, a vagina ou o recto fica exposta aos fluidos corporais contaminados.




- Pela injecção ou infusão de sangue contaminado, como sucede ao fazer uma transfusão, por partilhar seringas ou picar-se acidentalmente com uma agulha contaminada com VIH.




- Transmissão do vírus a partir de uma mãe infectada para o seu filho antes do nascimento ou durante o mesmo, ou então através do leite materno.




- A susceptibilidade à infecção por VIH aumenta quando a pele ou uma membrana mucosa é lesada, como pode acontecer durante uma relação sexual enérgica via vaginal ou anal. Muitos estudos demonstraram que a transmissão sexual do VIH é mais provável se um dos membros do casal tem herpes, sífilis ou outras doenças de transmissão sexual que podem provocar lesões na pele. Contudo, o VIH pode ser transmitido por uma pessoa infectada a outra durante uma relação sexual vaginal ou anal, ainda que nenhuma das duas tenha outras doenças de transmissão sexual ou lesões visíveis na pele. A transmissão também pode ter lugar durante o sexo oral, apesar de ser menos frequente.




O vírus pode ser transmitido ao feto no início da gestação através da placenta ou no momento do nascimento, ao passar pelo canal de parto. As crianças que são amamentadas podem contrair a infecção pelo VIH através do leite materno. Elas também podem infectar-se se forem objecto de abusos sexuais.
O VIH não se transmite por contacto casual nem sequer por um contacto íntimo não sexual no trabalho, na escola ou em casa. Não foi registado nenhum caso de transmissão através da tosse ou do espirro, nem tão, pouco por picada de mosquito. A transmissão de um médico ou de um dentista infectado a um doente é extremamente rara.




SINTOMAS E COMPLICAÇÕES

Alguns afectados desenvolvem sintomas semelhantes aos da mononucleose infecciosa várias semanas depois do contágio. A temperatura elevada, as erupções cutâneas, a inflamação dos gânglios linfáticos e o mal-estar geral podem durar de 3 a 14 dias. Depois quase todos os sintomas desaparecem, ainda que os gânglios linfáticos possam continuar aumentados. Durante anos é possível que não apareçam mais sintomas. Contudo, circulam imediatamente grandes quantidades de vírus no sangue e noutros fluidos corporais, pelo que a pessoa se torna contagiosa pouco depois de se infectar. Vários meses depois de ter contraído o vírus, os afectados podem experimentar sintomas ligeiros, em ocasiões repetidas, que não encaixam ainda na definição da síndroma completamente desenvolvida.




Uma pessoa pode manifestar sintomas da afecção durante anos, antes de desenvolver as infecções ou os tumores característicos que definem a SIDA. Estes incluem gânglios linfáticos aumentados, perda de peso, febre intermitente e sensação de mal-estar, fadiga, diarreia recorrente, anemia e aftas (uma lesão fúngica que se forma na boca). A perda de peso (emaciação) é um problema particularmente preocupante.
Por definição, a SIDA começa com uma baixa contagem de linfócitos CD4+ (menos de 200 células por microlitro de sangue) ou com o desenvolvimento de infecções oportunistas (infecções provocadas por microrganismos que não causam doença em pessoas com um sistema imunitário normal). Também podem aparecer cancros como o sarcoma de Kaposi e o linfoma de Hodgkin.
Tanto a infecção pelo VIH em si mesma como as infecções oportunistas e os cancros produzem os sintomas da SIDA. Por exemplo, o vírus pode infectar o cérebro e causar demência, com perda de memória, dificuldade de concentração e uma menor velocidade no processamento de informações. Contudo, só uns escassos doentes de SIDA morrem pelos efeitos directos da infecção pelo VIH. Em geral, a morte sobrevém pelo efeito cumulativo de muitas infecções oportunistas ou tumores. Os microrganismos e as doenças que normalmente representam uma pequena ameaça para as pessoas saudáveis podem causar rapidamente a morte nestes doentes, em especial quando o número de linfócitos CD4+ baixa para menos de 50 células por microlitro de sangue.
Várias infecções oportunistas e cancros são típicos do início da SIDA. As aftas, um crescimento excessivo do fungo leveduriforme Candida na boca, na vagina ou no esófago, podem ser a infecção inicial. O primeiro sintoma numa mulher podem ser as frequentes infecções vaginais causadas por fungos que não se curam com facilidade. No entanto, essas infecções são frequentes nas mulheres saudáveis e podem ser devidas a outros factores, como os contraceptivos orais, os antibióticos e as alterações hormonais.
A pneumonia causada pelo parasita Pneumocystis carinii é uma afecção oportunista recorrente e frequente nos doentes de SIDA. A pneumonia por este protozoário costuma ser a primeira infecção oportunista grave que surge; foi a causa mais frequente de morte entre os infectados pelo VIH antes de se aperfeiçoarem os métodos para a tratar e evitar.
A infecção crónica com o Toxoplasma (toxoplasmose), que persiste desde a infância, é bastante frequente, mas só causa sintomas numa minoria das pessoas com SIDA. Quando nelas se reactiva, causa uma grave infecção, principalmente no cérebro.
A tuberculose é mais frequente e mortal nos afectados com o VIH e é difícil de tratar se as espécies bacterianas que a produzem se mostram resistentes a vários antibióticos. Outra micobactéria, o complexo Mycobacterium avium, costuma causar febre, perda de peso e diarreia em doentes com a síndroma avançada. Pode ser tratada e evitada com medicamentos de criação recente.
As infecções gastrointestinais também são frequentes na SIDA. O Cryptosporidium, um parasita que pode ser adquirido através da água ou de alimentos contaminados, produz diarreia intensa, dor abdominal e perda de peso.



CONCLUSÃO: Se não queres ficar infectado PROTEGE-TE!! USA PRESERVATIVO!!!




Fonte: www.wikipédia.org.pt

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