quinta-feira, 4 de junho de 2009

Estudo de ecossistemas insulares


FLAD concede apoio à Universidade dos Açores



A Fundação Luso-Americana (FLAD) apoia o Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, para o desenvolvimento do Pro-Bio, um estudo sobre o equilíbrio ecológico dos ecossistemas insulares, com 53 mil euros. A investigação abrange quatro ilhas – São Miguel, Terceira, Pico e Flores –, tendo como principal objectivo apresentar os Açores como um sistema modelo de equilíbrio de ecossistemas para outras regiões insulares. A pesquisa conta com a colaboração de peritos locais e radicados nos Estados Unidos.O Pro-Bio pretende fazer o diagnóstico sobre a biodiversidade do arquipélago e determinar as espécies em extinção e a respectiva causa, no sentido de poder actuar de forma mais eficaz na preservação das espécies e da riqueza da flora e fauna das ilhas. O apoio da FLAD prolonga-se até 2011, reconhecendo a importância deste trabalho e dos esforços desenvolvidos pelo Departamento de Biologia na protecção da biodiversidade única dos Açores.
Fonte: Ciência Hoje

terça-feira, 2 de junho de 2009

Oportunidade para combater as alterações climáticas

Combater alterações climáticas com redução energética
Especialista em urbanismo afirmou possível novo acordo global pós-Quioto
acusou hoje os governos de desperdiçarem o que considerou ser a maior oportunidade para combater as alterações climáticas, ou seja, o investimento na eficiência energética e no desenvolvimento sustentável das cidades.
"A comunidade internacional falha em perceber que a maior das oportunidades no combate às alterações climáticas passa por alterações a nível das cidades, onde cerca de 80 por cento da energia no mundo é utilizada e onde o equivalente é emitido em emissões de gases com efeito de estufa [GEE]", afirmou Jeb Brugmann um dos redactores da Agenda 21, o Plano de Acção para o Desenvolvimento Sustentável consagrado na Cimeira da Terra de 1992.
Apesar das críticas, o especialista mostrou-se "optimista" que se consiga 'carimbar' um novo acordo global pós-Quioto durante a cimeira de Copenhaga, em Dezembro.
"A boa notícia é que vai ser alcançado um acordo global na conferência de Copenhaga e os Estados vão fazer mais compromissos e disponibilizar mais recursos aos países em desenvolvimento para estes reduzirem as suas emissões poluentes", acrescentou o especialista em urbanismo e desenvolvimento sustentável.
Falando à Lusa à margem da conferência 'Roteiro Local para as Alterações Climáticas: Mobilizar, Planear e Agir', que entre hoje e sexta-feira reúne especialistas nacionais e internacionais, bem como responsáveis autárquicos, para debater o papel dos municípios na luta contra este fenómeno - Jeb Brugmann criticou que o processo internacional para encontrar um acordo pós-Quioto "continue muito focado em reduzir emissões em áreas onde, para fazê-lo, são precisos grandes investimentos que não têm retorno".
"A verdadeira oportunidade para reduzir as emissões de GEE e garantir um retorno são as intervenções nas cidades, na maneira como aquecemos ou arrefecemos os nossos edifícios, nos combustíveis e transportes que utilizamos", frisou o autor do livro "Welcome to The Urban Revolution, How Cities Are Changing the World". Governos ingénuos
"Os nossos governos continuam a ser ingénuos e a não perceber o enorme potencial económico que advém da redução do consumo energético nas cidades, quando já foi provado que estas alterações são viáveis do ponto de vista técnico e económico", acrescentou.
Salientou também que, se os países, num contexto de crise económica, continuarem focados no combate às GEE em áreas onde são precisos grandes investimentos, isto pode levar a que se reconsidere medidas e objectivos traçados: "O meu medo é que exista menos disponibilidade e vontade de investir nessas mesmas áreas", frisou.
Quanto ao papel dos Estados Unidos nas negociações do novo acordo climático, foi peremptório: "Há uma crescente consciência por parte da nova administração Obama e nos próximos anos haverá um forte investimento para aumentar dramaticamente a eficiência energética das cidades", garantiu.
Uma mudança que, segundo Jeb Brugmann "vai chegar tarde demais para a cimeira de Copenhaga".
Fonte: Ciência Hoje

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Bactérias vivem 500metros abaixo do gelo na Antárctida


Com a ausência de oxigenio,as bactérias reproduzem-se através de elementos presentes na água e nas rochas, como o ferro e o enxofre.Uma descoberta incrível!


Um grupo de investidores da Universidade de Harvard, nos EUA,acaba de descobrir que, na Antárctida Oriental, mais propriadamente na zona gelada de Taylor, existem bactérias e viveram,há mais de 1.5milhões de anos, a cerca de 500 metros de prefundidade de gelo. Segundo os investidores, as bactérias de origem marinha ficaram presas debaixo do gelo, num antigo braço do mar coberto,devido a mudanças geológicas. Esta é uma área abundante de sal, mas de nenhum oxigénio ,sendo que estes microrganismos recorrem a elementos presentes na água e nas rochas, como o ferro e o enxofre, para se reproduzirem.

Estes especialistas norte-americanos acreditam que, com esta descoberta,poderá pensar-se em situações semelhantes em outros locais remotos do Sistema Solar, como a lua gelada de Júpiter, que detém uma extensa e espessa camada de gelo. Assim sendo, esta descoberta recente reforça a possibilidade da existência de vida em outros pontos do Universo.


Fonte: CN Notícias

Células do pénis dos diabéticos 'morrem' quatro vezes mais


Investigadores da Faculdade de Medicina do Porto (FMUP) descobriram porque é que os homens diabéticos são mais susceptíveis a sofrer de disfunção eréctil do que os não-diabéticos, estando actualmente empenhados na descoberta de uma terapia.


Em declarações à Lusa, Carla Costa, que liderou a equipa de investigadores, explicou que nos diabéticos há "um número muito significativo de células endoteliais (constituintes dos vasos e das artérias) que entram em auto-destruição e 'morrem'.
No estudo elaborado pela equipa da FMUP colaborou o cirurgião vascular Ronald Virag, que é director do "Centre d'Explorations et Traitements de l'Impuissance" em Paris, e considerado um dos maiores especialistas nesta área.
Ronald Virag disponibilizou treze amostras de tecido humano recolhido de homens diabéticos (durante intervenções cirúrgicas para colocação de implantes penianos) e cinco amostras de homens saudáveis (que realizaram cirurgias para aumento/alargamento do pénis).
A equipa da FMUP avaliou a estrutura e a viabilidade das amostras cedidas pelo investigador francês.
"Os resultados demonstraram que existe um padrão repetitivo de morte celular nas células endoteliais que revestem os vasos do pénis em todos os indivíduos diabéticos", explicou Carla Costa
Após observar este fenómeno, a equipa de investigação contabilizou o número de células em autodestruição nas amostras dos dois grupos de homens, tendo verificado que no tecido eréctil dos homens diabéticos "o número de células em processo de morte celular é quatro vezes maior do que nos indivíduos não-diabéticos".
"Esta descoberta explica porque é que os tradicionais fármacos orais para tratamento da disfunção eréctil, nomeadamente o Viagra, falham neste grupo de pacientes", disse.
De acordo com os especialistas, estas drogas actuam sobre as células musculares e as células endoteliais do tecido peniano. Dado que, nos diabéticos, uma grande parte dessas células está afectada, não é produzido o efeito desejado ao nível da erecção.
De acordo com a investigadora, "cerca de 75 por cento dos diabéticos vão sofrer de disfunção eréctil" e muitos homens só descobrem a diabetes quando se deslocam ao médico para resolver um problema de natureza sexual.
O trabalho dos investigadores da FMUP foi publicado no "Journal of Sexual Medicine". A linha de investigação conduzida por esta equipa pretende testar, no futuro, uma nova terapia para reabilitar os vasos do pénis, melhorando a função eréctil nos pacientes diabéticos.


Fonte:DN Ciências

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O que é esta nova estirpe do vírus da gripe suína?

25.04.2009 - 16h09 PÚBLICO


Algumas questões sobre o surto da gripe suína que se estima que tenha vitimado mais de 60 pessoas no México e infectado oito nos Estados Unidos, deixando a Organização Mundial de Saúde a falar de um "potencial de pandemia".


O que é a gripe suína?


Frequente e poucas vezes fatal, embora com altos níveis de transmissão, a gripe suína é uma doença respiratória dos porcos. Normalmente, não é contagiosa para humanos, embora em casos de pessoas com contacto muito próximo com porcos seja possível a transmissão dos vírus da gripe suína (que, tal como outros vírus gripais, está em constante mutação). Mais rara ainda é a transmissão entre humanos.


Este surto deve-se a um novo tipo de gripe suína?


Sim. Trata-se de uma nova estirpe, nunca vista anteriormente, do vírus da gripe H1N1. Tem ADN de aves, suínos e humanos.


Quais são os sintomas?


Os sintomas são semelhantes aos da gripe humana normal: dores musculares, febre, tosse, cansaço, embora esta estirpe provoque mais frequentemente náuseas, vómitos e diarreia.


Porque é preocupante?


A gripe suína, mesmo nos casos raros em que é transmitida a humanos, raramente consegue passar de um humano para outro. Mas esta nova estirpe parece ser facilmente transmitida entre humanos, aparentemente do mesmo modo que a gripe: por partículas da saliva de uma pessoa infectada, sobretudo através da respiração e da fala (daí a recomendação de usar máscaras).


Quantas pessoas foram afectadas?


Para já, há 16 mortes confirmadas no México e outras 50 que se pensa terem tido como causa a infecção por este vírus. Nos Estados Unidos há sete descrições de infecção.A OMS avisou para uma potencial pandemia. Porquê?Porque é um vírus que está a afectar pessoas jovens e de boa saúde (normalmente a gripe atinge mais crianças e idosos ou pessoas fragilizadas) e ainda por causa da sua distribuição geográfica – casos em várias províncias mexicanas e na Califórnia e no Texas –, o que mostra que não está num lugar restrito.


Há alguma vacina?


Não há ainda uma vacina. Como são produzidas em ovos, as vacinas demoram sempre algumas semanas até chegarem ao público.


E tratamento?


Este vírus é sensível a dois medicamentos antivirais, o Tamiflu e o Relenza, que devem ser, no entanto, tomados nos primeiros dias de sintomas para serem mais eficazes.


E o que estão a fazer os países afectados?


As autoridades dos locais afectados estão a lançar avisos para que as pessoas evitem grandes multidões, e no México foram encerrados museus, bibliotecas. Até os jogos de futebol do fim-de-semana se vão realizar com os estádios vazios. Claro que, como dizia, citado pelo "Times" on-line o perito em saúde pública Michael Osterholm, da Universidade do Minnesota, “milhões de pessoas entram e saem todos os dias da Cidade do México [onde vivem 20 milhões de pessoas]. Tem de se pensar que há mais transmissões não reconhecidas por aí”. A OMS já pediu aos países que tomassem atenção a casos com sintomas semelhantes.

domingo, 26 de abril de 2009

Primeiro cão transgénico e fluorescente


Investigadores esperam que possa receber modelos de doenças humanas


Chama-se Ruppy – diminutivo de Ruby Puppy – e é o primeiro cão clonado, no caso uma cadela, que em conjunto com outros quatro irmãos produz uma proteína que sob uma luz ultravioleta reluz um vermelho fluorescente (ou rubi). Rubby foi criado pela equipa de Lee Byeong-Chun da Universidade de Seul e é apresentado como o primeiro cão transgénico do mundo. A equipa criou os cães através da clonagem de células de fibroblasto com um gene florescente produzido pelas anémonas.
Segundo a revista New Scientist, Lee e o investigador de células estaminais Woo Suk Hwang fizeram parte da equipa que criou o primeiro cão clonado em 2005. “Muito do trabalho do Hwang sobre células humanas acabou por ser considerado uma fraude, mas Snuppy não foi”, escreve a revista.
A equipa acredita que este cão transgénico possa receber modelos de doenças humanas, mas outros investigadores duvidam da generalização dessa investigação, embora a revista cite o caso de cães servirem de modelos para doenças como a narcolepsia, alguns cancros e a cegueira.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Teste da SIDA



Todas as pessoas que não evitaram o risco de se infectarem, deveriam saber se estão ou não infectadas, realizando o Teste do SIDA.Os testes chamam-se Elisa e Western Blot e são obrigatoriamente realizados nos dadores de sangue e de órgãos.Se tens razões para acreditar que tiveste comportamentos de risco relativamente à infecção por VIH, deves efectuar um teste de despiste do VIH. Embora sendo uma decisão pessoal, não te podes esquecer que estás a pôr em risco possíveis parceiros/as sexuais ao nível do aumento exponencial da própria infecção.

Fonte: http://contravihsida.blogspot.com

SIDA


A SIDA significa Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – Trata-se de uma doença provocada por um vírus denominado VIH – Vírus de Imunodeficiência Humana. O vírus da imunodeficiência humana (VIH), também conhecido por HIV, é da família dos retrovírus Esta designação contém pelo menos duas subcategorias de vírus, o HIV-1 e o HIV-2. Entre o grupo HIV-1 existe uma grande variedade de subtipos designados de -A a –J.
A doença resulta de uma falha do sistema Imunitário, o organismo deixa de se poder defender das bactérias, parasitas e vírus que provocam infecções. Com o enfraquecimento das defesas, as infecções podem ser fatais.
De uma forma geral, o HIV é um retrovírus mutante que ataca o sistema de defesa humanocausando a síndrome da imunodeficiência adquirida, a SIDA.


HISTÓRIA DO VIRÚS



O HIV foi descoberto e identificado como causador da SIDA por Luc Montagnier da França e Robert Callo dos Estados Unidos. Em 27 de Novembro de 2003, havia cerca de 54 862 417 infecções pelo HIV em todo o mundo, 30% dessas infecções estavam na África do Sul.
Segundo as investigações feitas nesta área, O vírus do HIV pode ter evoluído a partir do Vírus de Imunodeficiência dos Símios e tenha vindo pelo contacto com o macaco que tem o vírus SIV. Depois de sermos infectados o vírus sofreu mutações genéticas. Esta é a teoria actualmente aceite para a origem do VIH.




CICLO DE VIDA DO VIRÚS – SINTETIZADO

1. O vírus VIH adere a uma célula e penetra nela.
2. O ARN do VIH, que constitui o código genético do vírus, é libertado dentro da célula. Para se reproduzir, o ARN tem de ser convertido em ADN. A enzima que efectua a conversão recebe o nome de transcriptase reversa. O vírus VIH sofre uma mutação fácil neste ponto porque a transcriptase reversa tende a cometer erros durante a conversão do ARN viral em ADN.
3. O ADN viral entra no núcleo da célula.
4. Com o auxílio de uma enzima chamado integrase, o ADN viral funde-se com o ADN da célula.
5. O ADN replica-se e reproduz ARN e proteínas. As proteínas adoptam a forma de uma larga cadeia que se tem de cortar em várias partes uma vez que o vírus abandona a célula.
6. Forma-se um novo vírus a partir do ARN e de segmentos curtos de proteína.
7. O vírus escapa através da membrana da célula, envolvendo-se num fragmento da mesma (invólucro).
8. Para se tornar infeccioso para as outras células, outro enzima viral (a protease do VIH) deve cortar as proteínas estruturais dentro do vírus que nasceu, fazendo com que se coloquem e se convertam na forma madura do VIH.






TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO

O contágio do VIH requer um contacto com fluidos corporais que contenham células infectadas ou partículas do vírus; os referidos humores incluem sangue, sémen, secreções vaginais, líquido do cérebro e da espinal-medula. O VIH também está presente nas lágrimas, na urina e na saliva, mas em concentrações ínfimas.


O VIH transmite-se das seguintes maneiras:



- Através das relações sexuais com uma pessoa infectada, durante as quais a membrana mucosa que reveste a boca, a vagina ou o recto fica exposta aos fluidos corporais contaminados.




- Pela injecção ou infusão de sangue contaminado, como sucede ao fazer uma transfusão, por partilhar seringas ou picar-se acidentalmente com uma agulha contaminada com VIH.




- Transmissão do vírus a partir de uma mãe infectada para o seu filho antes do nascimento ou durante o mesmo, ou então através do leite materno.




- A susceptibilidade à infecção por VIH aumenta quando a pele ou uma membrana mucosa é lesada, como pode acontecer durante uma relação sexual enérgica via vaginal ou anal. Muitos estudos demonstraram que a transmissão sexual do VIH é mais provável se um dos membros do casal tem herpes, sífilis ou outras doenças de transmissão sexual que podem provocar lesões na pele. Contudo, o VIH pode ser transmitido por uma pessoa infectada a outra durante uma relação sexual vaginal ou anal, ainda que nenhuma das duas tenha outras doenças de transmissão sexual ou lesões visíveis na pele. A transmissão também pode ter lugar durante o sexo oral, apesar de ser menos frequente.




O vírus pode ser transmitido ao feto no início da gestação através da placenta ou no momento do nascimento, ao passar pelo canal de parto. As crianças que são amamentadas podem contrair a infecção pelo VIH através do leite materno. Elas também podem infectar-se se forem objecto de abusos sexuais.
O VIH não se transmite por contacto casual nem sequer por um contacto íntimo não sexual no trabalho, na escola ou em casa. Não foi registado nenhum caso de transmissão através da tosse ou do espirro, nem tão, pouco por picada de mosquito. A transmissão de um médico ou de um dentista infectado a um doente é extremamente rara.




SINTOMAS E COMPLICAÇÕES

Alguns afectados desenvolvem sintomas semelhantes aos da mononucleose infecciosa várias semanas depois do contágio. A temperatura elevada, as erupções cutâneas, a inflamação dos gânglios linfáticos e o mal-estar geral podem durar de 3 a 14 dias. Depois quase todos os sintomas desaparecem, ainda que os gânglios linfáticos possam continuar aumentados. Durante anos é possível que não apareçam mais sintomas. Contudo, circulam imediatamente grandes quantidades de vírus no sangue e noutros fluidos corporais, pelo que a pessoa se torna contagiosa pouco depois de se infectar. Vários meses depois de ter contraído o vírus, os afectados podem experimentar sintomas ligeiros, em ocasiões repetidas, que não encaixam ainda na definição da síndroma completamente desenvolvida.




Uma pessoa pode manifestar sintomas da afecção durante anos, antes de desenvolver as infecções ou os tumores característicos que definem a SIDA. Estes incluem gânglios linfáticos aumentados, perda de peso, febre intermitente e sensação de mal-estar, fadiga, diarreia recorrente, anemia e aftas (uma lesão fúngica que se forma na boca). A perda de peso (emaciação) é um problema particularmente preocupante.
Por definição, a SIDA começa com uma baixa contagem de linfócitos CD4+ (menos de 200 células por microlitro de sangue) ou com o desenvolvimento de infecções oportunistas (infecções provocadas por microrganismos que não causam doença em pessoas com um sistema imunitário normal). Também podem aparecer cancros como o sarcoma de Kaposi e o linfoma de Hodgkin.
Tanto a infecção pelo VIH em si mesma como as infecções oportunistas e os cancros produzem os sintomas da SIDA. Por exemplo, o vírus pode infectar o cérebro e causar demência, com perda de memória, dificuldade de concentração e uma menor velocidade no processamento de informações. Contudo, só uns escassos doentes de SIDA morrem pelos efeitos directos da infecção pelo VIH. Em geral, a morte sobrevém pelo efeito cumulativo de muitas infecções oportunistas ou tumores. Os microrganismos e as doenças que normalmente representam uma pequena ameaça para as pessoas saudáveis podem causar rapidamente a morte nestes doentes, em especial quando o número de linfócitos CD4+ baixa para menos de 50 células por microlitro de sangue.
Várias infecções oportunistas e cancros são típicos do início da SIDA. As aftas, um crescimento excessivo do fungo leveduriforme Candida na boca, na vagina ou no esófago, podem ser a infecção inicial. O primeiro sintoma numa mulher podem ser as frequentes infecções vaginais causadas por fungos que não se curam com facilidade. No entanto, essas infecções são frequentes nas mulheres saudáveis e podem ser devidas a outros factores, como os contraceptivos orais, os antibióticos e as alterações hormonais.
A pneumonia causada pelo parasita Pneumocystis carinii é uma afecção oportunista recorrente e frequente nos doentes de SIDA. A pneumonia por este protozoário costuma ser a primeira infecção oportunista grave que surge; foi a causa mais frequente de morte entre os infectados pelo VIH antes de se aperfeiçoarem os métodos para a tratar e evitar.
A infecção crónica com o Toxoplasma (toxoplasmose), que persiste desde a infância, é bastante frequente, mas só causa sintomas numa minoria das pessoas com SIDA. Quando nelas se reactiva, causa uma grave infecção, principalmente no cérebro.
A tuberculose é mais frequente e mortal nos afectados com o VIH e é difícil de tratar se as espécies bacterianas que a produzem se mostram resistentes a vários antibióticos. Outra micobactéria, o complexo Mycobacterium avium, costuma causar febre, perda de peso e diarreia em doentes com a síndroma avançada. Pode ser tratada e evitada com medicamentos de criação recente.
As infecções gastrointestinais também são frequentes na SIDA. O Cryptosporidium, um parasita que pode ser adquirido através da água ou de alimentos contaminados, produz diarreia intensa, dor abdominal e perda de peso.



CONCLUSÃO: Se não queres ficar infectado PROTEGE-TE!! USA PRESERVATIVO!!!




Fonte: www.wikipédia.org.pt

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Braquiterapia de alta dose com bons resultados no tratamento de tumores da cabeça e pescoço




A braquiterapia perioperatoria – recente técnica de radioterapia em que se faz uso de materiais radioactivos que entram em contacto directo com o tumor de modo a não afectar os tecidos vizinhos – de alta taxa de dose obtém excelentes resultados no tratamento de tumores da cabeça e pescoço, ao mesmo tempo em que reduz o período de radiação. Esse é o resultado de um estudo realizado conjuntamente por três departamentos da Clínica da Universidade de Navarra, que se publicou no último número de Brachytherapy, revista oficial da Sociedade Americana de Braquiterapia.


O trabalho descreve a aplicação desta nova técnica de radioterapia a 40 pacientes entre os anos 2000 e 2006. Pelo número de casos recolhidos, trata-se do artigo da literatura médica mundial que inclui maior número de pacientes tratados com braquiterapia de alta dose em cabeça e pescoço. Segundo os resultados, depois de um seguimento de sete anos, a doença controla 86 por cento dos casos e a percentagem de sobrevivência é do 52 por cento. A investigação centrou-se no tratamento de tumores da cavidade oral, que afectam à língua e o solo da boca, e da região orofaringea, como os tumores da amígdala.

No estudo interveio uma equipa multidisciplinar integrada por sete especialistas, de três departamentos da Clínica da Universidade de Navarra. O grupo de investigação foi conduzido por Rafael Martínez-Monge, director do Departamento de Radioterapia, com Alfonso Gómez-Iturriaga, Mauricio Cambeiro, Cristina Garrán e José Javier Aristu; e do departamento de Cirurgia Oral e Maxilofacial, Néstor Montesdeoca, director da área e Juan Prefeito, do departamento de Otorrinolaringologia.



Intensificar a dose de radiação

O trabalho analisa a aplicação da braquiterapia como tratamento complementar posterior à cirurgia, explica Martínez-Monge. “Alguns casos de tumores da cabeça e do pescoço requerem a aplicação de radioterapia depois da intervenção cirúrgica. Mediante esta técnica, conseguimos intensificar as doses de radiação com o objectivo de diminuir as taxas de recaída”, assinalou. Em determinados tratamentos, a braquiterapia oferece maiores possibilidades do que a radioterapia convencional. “Com este procedimento conseguimos administrar umas doses de radiação que dificilmente seriam alcançáveis com outras técnicas, devido aos efeitos tóxicos”, continua o especialista da Clínica da Universidade de Navarra.

Menos tempo de tratamento

O emprego desta terapia de alta taxa de dose implica uma série de benefícios para o paciente relativos ao desenvolvimento do tratamento. “A grande vantagem, segundo indica Martínez-Monge, é a redução do tempo total. Se com a radioterapia convencional o tratamento durar umas sete semanas, aplicando a braquiterapia pode levar menos duas semanas”. Também esta técnica consegue reduzir o tempo de radiação frente ao requerido com uma aplicação de baixa dose. “Graças à existência de novas fontes de irradiação, os tratamentos liberam-se em minutos”.

O especialista salienta que , antes, “o paciente tratado levava a fonte radioactiva colocada durante dias e, por isso, tinha que estar isolado numa habitação, com limitações quanto ao regime de visitas e de atendimento de enfermaria. No entanto, com a braquiterapia de alta dose, o paciente só é radioactivo durante a administração do tratamento; portanto, o resto do tempo pode permanecer numa habitação convencional”.
Para a administração desta técnica é preciso preparar, durante a intervenção cirúrgica, a região afectada. A braquiterapia introduz-se através de tubos, um dos extremos aparece no exterior da pele e apresenta um aspecto similar a um conduto de drenagem, explica o Rafael Martínez-Monge. “Esses tubos são ligados a uma máquina que administra o tratamento de acordo com um programa informático personalizado para cada paciente”, aponta.

Aplicação a outros tumores

Além do tratamento da braquiterapia perioperatoria de alta taxa de dose em tumores de cabeça e de pescoço, a Clínica da Universidade de Navarra leva anos a trabalhar na aplicação deste procedimento a outros processos oncológicos. “Temos vários estudos em andamento sobre o seu emprego em tumores ginecológicos e sarcomas, entre outros. Desde o ano 2000 tratamos com esta técnica 400 pacientes que apresentavam diferentes tipos de tumores”, conclui Martínez-Monge.

domingo, 29 de março de 2009

Cientistas desenvolvem anti-cancerígeno com resultados promissores

Equipa internacional liderada por investigadora da Universidade de Coimbra.


Uma equipa internacional de cientistas, liderada por uma investigadora da Universidade de Coimbra, desenvolveu um novo agente anti-cancerígeno que apresenta resultados promissores ao nível das propriedades terapêuticas no combate à doença. “Apresentou resultados muito animadores e promissores, provando ser eficaz no combate à doença com menos efeitos secundários”, disse à agência Lusa Maria Paula Marques, a investigadora que coordena uma equipa internacional de 17 cientistas.


O agente anti-cancerígeno, desenvolvido à base de paládio - um elemento metálico utilizado em áreas como a medicina dentária ou odontologia, mas também na indústria farmacêutica, petrolífera ou electromecânica – foi testado em laboratório, utilizando células humanas saudáveis e cancerígenas. “Fizemos testes ‘in vitro’ só em células humanas, um modelo muito mais fiável do que as células animais”, explicou.

Os testes passaram pela preparação de dez compostos diferentes derivados da cisplatina - base de muitas das actuais drogas anti-cancerígenas em uso clínico desde os anos 70 do século XX - cada um sujeito a um processo “moroso” de síntese, caracterização e avaliação da sua actividade do ponto de vista biológico e médico.

A pesquisa levou à obtenção de um agente terapêutico de paládio, em vez da platina, testado em diversos tipos de cancro, como a leucemia, útero, mama ou língua, que “mostrou ser altamente eficaz ao causar a morte de células doentes, afectando menos células saudáveis”.

No âmbito da pesquisa estão a decorrer experiências no Roswell Park Cancer Institute, nos Estados Unidos da América, que visam testar “dentro de alguns meses” a actividade anti-cancerígena do novo composto em animais, para determinar a relação entre a dose utilizada e a resposta ao tratamento.
A fase seguinte poderá passar, então, pelo desenvolvimento de um novo fármaco que possa entrar em testes clínicos, embora Maria Paula Marques alerte para a necessidade de “mais pesquisa” e “muitos anos de investigação científica” antes da utilização clínica. “Nos últimos dez anos têm sido estudados milhares de novos agentes contendo platina e paládio e só um chegou, por enquanto, à fase de testes clínicos”, revelou.
Fonte: CiênciaHoje

terça-feira, 17 de março de 2009

Investigadores portugueses descobrem mecanismo de «reeducação» de células do sistema imunitário


Investigadores portugueses descobriram como identificar e controlar células imunitárias (linfócitos T) para as fazer actuar contra infecções e não para promoverem doenças auto-imunes, num estudo que poderá ter importantes aplicações terapêuticas. O trabalho, realizado por investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, vem hoje publicado na edição on-line da prestigiada revista científica Nature Immunology.

"Descobrimos uma maneira de diferenciar duas populações de linfócitos T que produzem factores com actividades biológicas distintas".



Os linfócitos T são glóbulos brancos produzidos no timo, um órgão situado sobre o coração, que combatem infecções e cancro. Porém, estas células podem também ter efeitos indesejáveis, sobretudo se atacarem as próprias células do organismo. Enquanto um dos factores produzidos por estas células, o Interferão-gama, é importante no combate a vírus e a tumores, o outro, a interleucina-17, apesar de igualmente envolvido na resposta às infecções, tem efeitos maléficos e está na base de doenças inflamatórias e auto-imunes, como a diabetes ou a esclerose múltipla.


Segundo explicou o director da Unidade de Imunologia Molecular do IMM, o que distingue estas duas populações é um receptor, designado CD27, que está na superfície das células e lhes transmite sinais que recebe do exterior.


"Nós conseguimos manipular este receptor de forma a controlar a geração das duas populações de linfócitos T", afirmou, sublinhando que "este conhecimento poderá ter importantes aplicações terapêuticas", dadas as funções distintas das duas populações de células. "O processo que identificámos funciona como uma reeducação das células T dos ratinhos e abre perspectivas na imunoterapia de doenças inflamatórias e auto-imunes", assinalou. Apesar deste trabalho ter sido realizado em modelos de experimentação animal, Bruno Silva-Santos garante dispor de evidências preliminares da conservação destes fenómenos nos seres humanos. Nesse sentido, referiu que a investigação futura da sua equipa "irá analisar o potencial de aplicação destes conhecimentos em células humanas".
Fonte:CiênciaHoje

sábado, 7 de março de 2009

Europeus desconhecem doença que afecta mais de 100 mil na Europa

Cancro da cabeça e do pescoço provoca 68 mil mortes por ano.



Europeus desconhecem o cancro da cabeça e pescoço, que afecta mais de cem mil pessoas só no Continente, segundo um estudo coordenado pela Sociedade Europeia do Cancro da Cabeça e Pescoço. De acordo com o estudo, designado «About Face», hoje divulgado, 75 por cento das pessoas desconhecem até os sintomas e os factores de risco desta doença, como o tabagismo, o consumo de álcool, a exposição solar e o vírus do papiloma humano (HPV).
Para além disso, o cancro da cabeça e pescoço está a aumentar entre os jovens, segundo este estudo, devido ao seu estilo de vida, pois começam a fumar cada vez mais cedo (13 ou 14 anos) e ao HPV, uma associação que começa agora a ser estudada.



O director do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, Manuel António, explicou que, em Portugal, o IPO de Coimbra já trata esta doença há 20 anos e que, só no ano passado, foram feitas duas mil consultas externas, 1011 cirurgias e 206 de ambulatório. "A sintomatologia pode traduzir-se em dores de garganta, dores ao engolir, rouquidão ou congestões nasais", indica. Apesar de o estudo indicar que é uma doença que afecta cada vez mais jovens, Manuel António diz que "este é um tipo de cancro de meia-idade, que não pode ser rastreado, porque não tem uma relação custo/benefício aceitável", como explica. No entanto, também atribui ao estilo de vida dos jovens o facto de a doença começar a proliferar nas suas faixas etárias, devido ao consumo excessivo de tabaco e álcool, cada vez mais precoce.

Quanto à taxa de curabilidade, o director refere que depende sempre do estado de cada caso, mas também do tipo de cancro de que se trata. Segundo o estudo, mais de 60 por cento dos doentes são já diagnosticados num estado avançado, sem cura possível.

O cancro da cabeça e do pescoço inclui o cancro da língua, boca, glândulas salivares, faringe, laringe e outros localizados na área da cabeça ou do pescoço. É o sexto cancro mais frequente no mundo e, só na Europa, estima-se que provoque mais de 68 mil mortes por ano.
Fonte: Ciência Hoje

terça-feira, 3 de março de 2009

Asteróide passa de raspão pela Terra


Um asteróide passou de raspão pela Terra na manhã desta segunda-feira (dia 2). Segundo informações dos astrônomos, o rochedo, com diâmetro entre 21 e 47 metros, passou a cerca de 70 mil quilômetros da superfície terrestre - o equivalente a um quinto da distância entre a Terra e a Lua. A informação foi divulgada pela Planetary Society, uma ONG internacional.
O objecto foi descoberto dois dias antes, por um astrônomo do Observatório Spring, na Austrália, quando estava a 1,5 milhão de quilômetros de distância.
Designado 2009 DD45, este passou sobre o oceano Pacífico e foi, em tese, visível da Austrália, do Japão e da China.
O astro, com o seu tamanho, deve ser similar ao objecto que colidiu com a Terra em 1908, sobre Tunguska, na Sibéria. Naquela ocasião, o asteróide explodiu no ar, por conta do contacto com a atmosfera, mas a onda de choque devastou as florestas da região.
Fonte:G1

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Descoberto híbrido animal-planta que faz fotossíntese


Foi descoberto o primeiro animal que faz fotossíntese. Sempre se pensou que o processo que permite utilizar a luz do sol para produzir energia, conhecido como fotossíntese, era exclusivo das plantas e de outros organismos autotróficos. Descoberto por uma equipa de investigadores de universidades norte-americanas e da Coreia do Sul, liderada por Mary Rumpho-Kennedy, professora de bioquímica e investigadora na Universidade do Maine (EUA), estes descobriram uma lesma-do-mar com um código genético que lhe permite executar a mesma operação.

Este ser obtém os cloroplastos - isto é, os objectos celulares verdes ricos em clorofila que permitem às células das plantas converter a luz solar em energia - e armazena-os nas células ao longo do seu intestino. O mais curioso é que as elysia chlorotica no estado jovem que se alimentem de algas durante duas semanas, podem viver o resto das suas vidas - um ano, em média - sem comer.
Mas, os cientistas ainda não conseguiram descobrir tudo sobre este estranho ser marinho. Com efeito, os cloroplastos contêm ADN para codificar apenas 10% das proteínas necessárias para os manter activos e a equipa norte-americana está a ponderar várias explicações para este mistério.
Apesar disso, Mary Rumpho-Kennedy admite que "estes organismos fascinantes podem transformar o próprio ensino dos princípios básicos da biologia".
Este híbrido animal-planta Elysia chlorotica mede cerca de 3 centímetros e tem a aparência de uma folha gelatinosa de cor verde e conquista essa capacidade - que se mantém durante vários meses - com genes provenientes da alga que come, a "vaucheria litorea". Encontra-se ao longo da costa este dos Estados Unidos, entre as águas da Nova Escócia e da Florida.
Fonte: Expresso

Esta é uma forma de vida animal muito diferente daquilo que era conhecido até hoje entre os animais, é verdadeiramente surpreendente, até hoje sempre se disse que os animais não fazem fotossíntese e ao contrário do que diz a notícia não se trata de um híbrido animal-planta, mas sim de um animal, o qual, sendo uma lesma é um molusco, mas com a capacidade de fazer fotossíntese, ou seja, a capacidade de produzir matéria orgânica a partir de matéria inorgânica, servindo-se da energia solar para o conseguir. Os pequenos invertebrados marinhos mostram-se mais uma vez surpreendentes!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Próstata é a segunda causa de morte por cancro em Portugal


O cancro da próstata é a segunda causa de morte por cancro em Portugal vitimando todos os anos cerca de 1.500 homens, número explicado pela baixa percentagem de homens que consulta antecipadamente o médico para um rastreio.
De acordo com um estudo realizado pela Associação Portuguesa de Urologia (APU), sobre a "Avaliação de práticas e conhecimento dos homens relativamente a doença prostática em Portugal", nove em cada dez dos homens consultados (90 por cento) já tinham ouvido falar desta doença, mas apenas 20 por cento tinham consultado o seu médico para falar especificamente sobre a doença e submeterem-se a rastreio e a um diagnóstico precoce.
Os estudos demonstram que a incidência do cancro da próstata tem vindo a aumentar nas últimas décadas. As causas não são claras e, se bem que as estratégias mais agressivas de diagnóstico precoce possam, em parte, justificar este aumento, não são de excluir outras causas associadas à alimentação, ao estilo de vida, ou ao meio ambiente.A incidência do cancro da próstata aumenta com a idade. Contudo, tem-se assistido ao aparecimento deste tumor em idades cada vez mais precoces. A maioria das guidelines aconselha um rastreio anual a partir dos 50 anos, ou dos 45 anos no caso de grupos de risco elevado, como os indivíduos de raça negra ou aqueles com familiares de primeiro grau (pai, tio, irmão) com história de cancro da próstata. Porém, é crescente o número de casos abaixo dos 50 anos, pelo que muitos urologistas aconselham uma consulta regular a partir dos 40 anos.Poderá assim, em caso de alteração destes parâmetros, desencadear as medidas adequadas que poderão levar a um diagnóstico precoce de cancro da próstata tornando as opções terapêuticas curativas.

Concluindo, devemos reter que apesar do cancro da próstata ser muito frequente, dispomos hoje de muitas alternativas terapêuticas, mesmo nas fases mais avançadas da doença, pelo que o doente com cancro da próstata deve olhar para o futuro com esperança.

Fonte:CiênciaHoje e Diário Digital

sábado, 31 de janeiro de 2009

Sequenciado genoma do macaco rhesus que é 93 por cento idêntico ao humano


Uma equipa internacional de cientistas descodificou a sequência do genoma do macaco rhesus, um avanço que poderá ajudar a compreender algumas doenças do ser humano, incluindo a sida, já que ambos partilham 93 por cento dos genes. A análise da sequência genética revela que esses primatas compartilham com os chimpanzés e o ser humano 97,5 por cento do DNA, mas têm alguns genes muito diferentes, assinalam os cientistas numa série de artigos publicados hoje na revista Science.




Este é o terceiro genoma de um animal primata sequenciado, depois do humano e do chimpanzé, tendo os resultados permitido concluir que entre os três as semelhanças genéticas são de 97,5 por cento, uma percentagem que baixa para 93 por cento se se comparar apenas o macaco com o Homem.


"A sequência do genoma do macaco rhesus, juntamente com os do homem e do chimpanzé, dá-nos outro instrumento para impulsionar o nosso conhecimento da biologia humana", disse Francis Collins, do Instituto Nacional de Investigações do Genoma Humano, um dos organismos que participa na investigação.


A sequência do genoma humano em 2001 proporcionou muitas pistas sobre a evolução do homem, mas na altura os cientistas consideraram que conseguir a de outro primata seria útil para fazer comparações. Em 2005, a sequência do chimpanzé permitiu determinar quais os genes compartilhados por ambas as espécies desde que se separaram em termos evolutivos, há seis milhões de anos.


A análise de ambos os genomas estabeleceu que são 99 por cento semelhantes, o que constituiu um grande avanço científico na medida em que, conforme salientou na altura o especialista em genética Carolino Monteiro, "sendo o modelo animal mais próximo do Homem, tem mais zonas de semelhança que - se demonstrarem doenças comparáveis ao humano - podem ser trabalhadas em laboratório para se compreender as doenças e como curá-las".Quanto ao macaco rhesus, é um parente mais antigo do homem, tendo a separação evolutiva dos dois ocorrido há cerca de 25 milhões de anos.



Um macaco que salvou muitas vidas

Segundo os cientistas, o macaco rhesus não só salvou muitas vidas ao ajudar a determinar o factor Rh no sangue e o desenvolvimento da vacina contra a poliomielite, como também foi a chave na investigação de transtornos neurológicos e de comportamento. Contudo, este pequeno primata é ainda mais importante na luta contra o vírus da imunodeficiência humana (VIH), que causa a sida, afirmam os cientistas. O macaco tem uma reacção especial até agora não clarificada perante o vírus da imunodeficiência símia (VIS), o que faz dele um modelo único no estudo da sida, acrescentam. "Uma descrição completa de todos os componentes das suas funções imunológicas permitirá um uso mais ponderado dos macacos rhesus em áreas como a investigação da sida e das vacinas", dizem os autores dos estudos. Este genoma do macaco rhesus também ajudará a aumentar a investigação neurológica, a biologia do comportamento, a fisiologia reprodutiva e os estudos de endocrinologia e cardiovasculares, acrescentam.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Curiosidades sobre o genoma humano


  • Sabias que hoje em dia, um novo gene (com cerca de 12 mil bases) tem a sua sequência decifrada em um minuto;

  • Sabias que a cerca de três bilhões de letras químicas no genoma. Se este livro fosse lido seria preciso um século para que a leitura fosse concluída. O genoma humano tem o tamanho de 800 Bíblias;

  • Sabias que se todo o DNA de uma pessoa fosse esticado, seria possível fazer uma viagem de ida e volta ao Sol 600 vezes.


Genoma Humano


O genoma humano é o código genético humano. Neste material genético está contido toda a informação para a construção e funcionamento do organismo humano. Este código está contido em cada uma das nossas células. O genoma humano distribui-se por 23 pares de cromossomas que, por sua vez, contém genes. Toda esta informação é codificada pelo ADN que se organiza numa estrutura de dupla hélice, formada por quatro bases que se unem sempre aos pares – adenina com timina e citosina com guanina.


Iniciado em 1989, o Projecto Genoma Humano (PGH) pretende descobrir a localização dos cerca de trinta a quarenta mil genes humano, nos 23 pares de cromossomas, ou seja, fazer a sua cartografia. Além disso, ambiciona conhecer a sua composição, tendo como objectivo último ordenar os cerca de 3,2 mil milhões de bases químicas que compõem todo o nosso ADN, ou seja, o genoma.







Este projecto foi lançado por uma sociedade pública internacional financiada por dinheiros públicos e com o trabalho a ser feito por universidades e grupos de investigação governamentais dos EUA e de vários países, como o Reino Unido, França, Alemanha e o Japão e, dirigida pelo norte-americano James Watson, prémio Nobel da fisiologia e da medicina em 1962. Este em conjunto com Francis Crick e Maurice Wilkins, identificaram a estrutura em dupla hélice do ADN. Em 1993, o projecto passa a ser dirigido pelo investigador Francis Collins.


James Watson e Francis Crick

Objectivos do PGH
  • conhecimento total do genoma humano;

  • melhoria e simplificação dos métodos de diagnóstico e prevenção de doenças genéticas;

  • optimização das terapêuticas de doenças genéticas;

Benefícios do PGH
  • alteração das práticas médicas em função dos novos conhecimentos;

  • enfatização da prevenção das doenças (Alzhmeimer, hipertensão, obesidade, artrite reumática, osteoporose, doenças cardiovasculares ), em detrimento do tratamento do doente;
  • surgimento de novas tecnologias clínicas e de novas terapias;

  • produção de medicamentos por seres geneticamente alterados;

  • conhecimento das condições ambientais que podem originar doenças;
  • possibilidade de substituir genes defeituosos, através de terapia genética;
  • benefícios para a indústria relacionadas com a Biotecnologia;

  • auxiliará o conhecimento da biologia de outros animais, uma vez que esta não é muito diferente da biologia humana, permitindo também o seu aperfeiçoamento e tornando os animais domésticos, por exemplo, mais resistentes a doenças.


Implicações éticas, legais e sociais



- A nova informação genética de cada indivíduo poderá vir a ser utilizada de formas incorrectas;



- Para evitar futuros problemas, foi criado um grupo de reflexão acerca das implicações do novo conhecimento genético.











Reflexão do Grupo: Teremos mesmo necessidade desta informação? Quem deverá ter acesso a ela? Como é que ela poderá afectar as nossas vidas e as nossas sociedades?
Cabe-te a ti pensares acerca disso!!!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Excepções de Mendel

Alelos múltiplos

O gene existe em mais do que duas formas alelicas. Cada individuo tem dois alelos de um determinado gene, mas as combinações possíveis entre os diferentes alelos existentes aumentam a variação fenotipica.Exemplos: Grupos sanguíneos ABO. Diferentes combinações entre os alelos dão origem a quatro fenotipos: A, B, AB e O.



Alelos letais

Causam a morte dos indivíduos quando estão presentes em determinada combinação e, por isso, removem da descendência um fenótipo esperado. Se a morte ocorrer antes do indivíduo com os alelos letais se poder reproduzir, esses alelos não passam à geração seguinte.Exemplos: Doença de Huntington. Doença degenerativa do sistema nervoso central. Os sintomas manifestam-se cerca dos 35-40 anos, quando a reprodução já ocorreu, e por isso, o gene é mantido na população.





Dominância incompleta

O fenótipo dos heterozigóticos é intermédio entre os dois fenótipos homozigóticos. O produto da expressão do alelo dominante existe nos heterozigóticos em metade da quantidade presente nos homozigóticos dominantes.Exemplos: doenças causadas por deficiências enzimáticas. Os heterozigóticos, embora não apresentem sintomas da doença, têm apenas metade da concentração normal da enzima.



Codominância

O fenótipo dos heterozigóticos é diferente dos fenótipos dos homozigóticos e não é intermédio entre eles. Dois alelos diferentes do mesmo gene exprimem-se ambos nos heterozigóticos e são responsáveis pela produção de dois produtos distintos e detectáveis.Exemplos: Grupos sanguíneos ABO. Os alelos A e B são codominantes. Os indivíduos do grupo AB produzem antigénios A e antigénios B.




Epistasia

A expressão de um gene num locus afecta a expressão de outro gene num segundo locus. A expressão fenotípica no segundo locus não corresponde ao genótipo respectivo.Exemplos: Fenótipo Bombay. O gene H afecta a expressão do grupo sanguíneo ABO. Um indivíduo hh não produz a enzima que liga os antigénios A e B à superfície das hemácias, pelo que apresenta o fenótipo O qualquer que seja o seu genótipo.

Hereditariedade Humana






Na espécie humana, o estudo da transmissão de características hereditárias depara-se com as seguintes dificuldades:- O tempo de uma geração é muito longo;- O número de descendentes por geração é muito baixo;- Não se efectuam cruzamentos experimentais.Por isso os estudos de hereditariedade humana baseiam-se na análise de árvores genealógicas.Árvore genealógica – esquema que permite seguir a transmissão de certos caracteres de uma família, através de varias gerações. A análise de uma árvore permite determinar a origem de certas doenças e inferir os riscos da sua transmissão às gerações futuras.





Hereditariedade Autossómica


Transmissão de caracteres hereditários codificados por genes que se localizam nos autossomas.


Transmissão autossómica dominante

- Mulheres e homens são afectados com a mesma frequência;
- Mulheres e homens transmitem o carácter com a mesma frequência;
- Gerações sucessivas são afectadas. A transmissão do carácter pára numa geração em que nenhum indivíduo seja afectado;
- Pelo menos um dos pais de um indivíduo afectado também é afectado;
- Os indivíduos afectados são homozigóticos dominantes ou heterozigóticos;
- Exemplos: orelhas com lóbulo solto, capacidade de enrolar a língua, cabelo castanho, visão normal, polidactilia, hipercolorterolémia familiar, intolerância à lactose.

Transmissão autossómica recessiva

- Mulheres e homens são afectados com a mesma frequência;
- Mulheres e homens transmitem o carácter com a mesma frequência;
- A transmissão d carácter pode saltar gerações;
- Os pais de um indivíduo afectado ou manifestam o carácter ou são portadores;
- Os indivíduos afectados são homozigóticos recessivos. Os heterozigóticos são portadores;
- Exemplos: orelhas com lóbulo aderente, inaptidão para enrolar a língua, cabelo louro, miopia, albinismo, fibrose quistica.

Património Genético

Transmissão das características hereditárias


Em 1886, Gregor Mendel publicou os resultados de uma série de experiências com ervilheiras onde foram lançados os alicerces da Genética.Mendel levou a cabo experiências de monoibridismo (um único carácter). Para tal, cruzou linhas puras de ervilheiras que diferiam num carácter objectivo. Designou esta geração como parental. Aos descendentes da geração parental chamou geração F1 e chamou geração F2 à resultante do autocruzamento dos indivíduos da geração F1. Resultados obtidos por Mendel:








Mendel também levou a cabo experiências de diibridismo (2 caracteres). Nesta situação, verificou-se também uniformemente na geração F1 e o aparecimento de 4 classes de descendentes na geração F2, nas proporções 9:3:3:1.



Das experiências de Mendel, salientam-se os seguintes princípios:

- Para cada carácter existem 2 factores alternativos;- Cada organismo possui 2 factores para cada carácter, idênticos ou diferentes;

- Nos organismos que possuem 2 factores diferentes para um carácter, aquele que se manifesta é o dominante e aquele que não se manifesta é o recessivo;

- Na formação dos gâmetas, os factores separam-se, de tal modo que os gâmetas possuem apenas um dos factores, sendo por isso, puros.




1ª Lei de Mendel ou lei da Segregação Factorial – os dois elementos de um par de genes alelos separam-se nos gâmetas de tal modo que a probabilidade de se formarem gâmetas com um alelo é igual à probabilidade de se formarem gâmetas com o outro alelo.


2ª Lei de Mendel ou Lei da Segregação Independente – durante a formação dos gâmetas, a segregação dos alelos de um gene é independente da segregação dos alelos do outro gene.




Teoria Cromossomica da Hereditariedade:

- Os factores hereditários referidos por Mendel são os genes localizados nos cromossomas;- As versões alternativas de um mesmo gene designam-se alelos e localizam-se no mesmo locus em cromossomas homólogos;- Durante a formação dos gâmetas, pelo processo de meiose, os alelos são separados como consequência da segregação dos cromossomas homólogos. Assim cada gâmeta recebe apenas um alelo;- A distribuição dos diferentes genes pelos gâmetas faz-se de modo independente.